Bolsonaro provoca calote bilionário na Caixa em tentativa de reeleição, diz banco público

No início de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) viu sua estratégia de conquistar os votos dos mais pobres desmoronar diante dos seus olhos. A criação do Auxílio Brasil não teve o impacto esperado nas pesquisas eleitorais. Determinado a dar a volta por cima, o então presidente fez uma aposta arriscada, envolvendo a Caixa Econômica Federal como sua aliada nessa empreitada.

Por meio de uma medida provisória, foram estabelecidas duas linhas de crédito na Caixa destinadas a esse segmento do eleitorado. Até as eleições, o banco estatal disponibilizou cerca de R$ 10,6 bilhões para 6,8 milhões de pessoas.

No entanto, Bolsonaro não conseguiu se reeleger e essa política de “torneira aberta” deixou para trás um enorme calote nas contas do banco, que agora começa a ser revelado.

O site UOL teve acesso a informações que eram mantidas em sigilo pela Caixa e explica como o banco estatal, com manobras inéditas e falta de transparência, foi usado como uma arma na campanha de Bolsonaro, expondo a instituição a um nível de risco sem precedentes na história recente do país.

Em março de 2022, Bolsonaro e o então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, assinaram duas medidas provisórias. A primeira criou uma linha de microcrédito para pessoas com restrições no nome, conhecida como SIM Digital. Já a segunda liberou empréstimos consignados para o Auxílio Brasil.

No entanto, as consequências dessas ações foram desastrosas. No programa SIM Digital, a inadimplência atingiu 80% neste ano, e parte do rombo terá que ser coberta com recursos do FGTS. Já o programa de consignados do Auxílio Brasil enfrenta críticas por reduzir o valor do benefício e a incerteza quanto ao pagamento das parcelas do crédito.

Economia

Além disso, a aventura eleitoral de Bolsonaro também levou à queima de reservas da Caixa, colocando o banco em um nível de risco alarmante.

Diante dessas revelações, é necessário que os responsáveis por essa situação sejam devidamente punidos. Por muito menos, utilizaram argumentos para sustentar um impeachment contra Dilma Rousseff. Agora, é imperativo que a justiça seja feita, diz o PT e o atual governo Lula.

“Que Bolsonaro usou a máquina pública a torto e a direito pra tentar ganhar a eleição, a gente já sabe. E deixou calote bilionário na Caixa com linhas de crédito e consignado do Auxílio Brasil e ainda queimou reservas do banco. Os responsáveis são Pedro Guimarães e Bolsonaro. Quem sejam punidos. Por muito menos, usaram contra Dilma pra sustentar um impeachment golpista”, declarou a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT.

O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria da Comunicação Social da Presidência (SECOM), disse que essa ação irresponsável de Bolsonaro mostra como ele não hesitou em usar a máquina pública em seu favor, colocando em risco uma das maiores empresas brasileiras e deixando um calote bilionário para trás. “É inadmissível que alguém que tente destruir o Brasil fique impune”, afirmou.

“No desespero de se reeleger, ele usou recursos do banco como arma e colocou uma das maiores empresas brasileiras em risco inédito na história do Brasil. Quem tenta destruir o Brasil não pode ficar impune”, insistiu Pimenta.

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Uma resposta para “Bolsonaro provoca calote bilionário na Caixa em tentativa de reeleição, diz banco público”

  1. Como já disse, ele já deveria estar preso e seus direitos políticos caçados. Mais uma que ele cometeu um crime lesa pátria, já que a Caixa Economica Federal, é uma instituição bancária que é financiadora de muitas atividades economicas e se falir quem vai assumir está cota?
    Está na hora do Bolsonaro começar à responder pelos seus atos criminosos e ser punido por isso, e não ficar bancando uma de “oposição” ao Lula, porque Bolsonaro nem mais deveria participar da vida pública e política brasileira. Por muito menos que isso, ou melhor dizendo, por uma bobeira, a Ex Presidente Dilma pagou caro. E o Bolsonaro que todos os dias pipocam alguma maracutáia, fica passando atestado de “salvador da pátria”.

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