Bolsa desaba 7% e afugenta apoiadores de Bolsonaro

A bolsa de valores despencou incríveis 7% nesta quarta-feira (26), primeiro dia após as festas carnavalescas. O péssimo resultado no mercado financeiro também fez disparar o preço do dólar, cuja cotação foi fechada a R$ 4,44.

Dito isso, vamos à análise política. Jair Bolsonaro (sem partido) foi eleito em 2018 com a promessa de levar pequenos investidores ao paraíso, que, de um computador em casa faria suas apostas em ações, não precisariam mais trabalhar em emprego formal, etc. e tal.

É aí que a porca torce o rabo. O verdadeiro investimento se dá na produção e no trabalho. A especulação, sem produzir um prego, nunca foi sustentável. Quando estoura a bolha, como no caso de hoje, estoura principalmente para os bagrinhos. É como se fosse uma pirâmide. O topo é preservado. Sempre.

LEIA TAMBÉM
Dólar a R$ 4,44, queda na bolsa de 7,5%, coronavírus e conto do vigário

Resultado do Fies 2020 sai hoje, promete Ministério da Educação

Marcelo Adnet chama de “gado’” pastor Marco Feliciano em bate-boca no Twitter

Economia

o Ibovespa, a B3, recuou 7%, a 105.718 pontos nesta quarta. Foi a maior queda desde 18 de maio de 2017, quando o mercado repercutiu a divulgação das conversas do ex-presidente Michel Temer (MDB) com o dono da JBS.

No acumulado do mês, a bolsa tem que acumulada de 7,07%. Em 2020, o recuo é de 8,58%.

É nesse contexto de recessão, quebra da economia, que Bolsonaro vê o apoio popular se esvair entre os dedos. A economia pode desmobilizar a manifestação do próximo dia 15 de março, portanto, convocado em desagravo ao presidente e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.

Os bolsominions votaram em massa em Bolsonaro temendo que PT, Lula ou Haddad lhes fizessem mal às suas reservas adquiridas a dura pena. Foram enganadas pela raposa na pele de cordeiro. Por isso a decepção e a desmobilização da base de apoio do presidente nos setores médios da sociedade.

Portanto, somente uma guinada ao autoritarismo seria possível para segurar Bolsonaro na cadeira do Palácio do Planalto.