O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, no pedido que encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), para reverter a decisão que impedia a censura do livro em quadrinhos Os Vingadores da Marvel, usou o expediente da fake news. A obra As Gêmeas Marotas, que trata de temática LGTBQ+, utilizada para embasar a ação da prefeitura não foi vendida durante a 19ª edição da Bienal do Livro no Rio de Janeiro, que aconteceu neste fim de semana.
No documento enviado ao STF, o procurador-geral do Rio, Marcelo Silva Moreira Marques, e o subprocurador-geral, Paulo Maurício Fernandes Rocha, citam o livro As Gêmeas Marotas para justificar a censura. No entanto, a organização da Bienal informou que a obra não foi vendida durante o evento.
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O livro As Gêmeas Marotas, que mostra as duas personagens praticando atos sexuais, foi publicado na década de 1970 e relançado em Portugal, em 2012. É uma paródia de uma das obra do autor holandês Dick Bruna, feita para adulto
*Com informações da Folha de São Paulo
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.