O fantasma do Bolsonaro ameaça rondar o Brasil logo após o Carnaval, em março, e isso assusta alguns setores do novo governo e do PT. No entanto, a melhor vacina contra o ex-presidente é o atual Luiz Inácio Lula da Silva cumprir as promessas de campanha e fazer um excelente governo, melhor que os dois anteriores do petista entre 2003 e 2010.
Pesquisa da Genial/Quest divulgada ontem (14/2) traz alívio [momentâneo] e preocupação [no curto prazo] sobre a aprovação de Lula. Segundo o levantamento, 65% dos brasileiros aprovam o jeito do petista governar.
Porém, a luz vermelha acende na questão da economia e do Banco Central. De acordo com o levantamento, 67% dos entrevistados não ficaram sabendo das críticas de Lula à política de juros do Banco Central – embora 76% consideram que Lula está certo em tentar forçar a queda da taxa de juros, enquanto 70% não sabem que o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] foi indicado por Bolsonaro.
Essa questão do BC, ao que tudo indica, empurrará o presidente Lula para um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.
Bolsonaro ataca Lula nas redes sociais
O antigo presidente Jair Bolsonaro, no aplicativo Telegram, realiza diuturna e pesada campanha contra o sucessor Lula.
Em um dos cards publicados na rede social, o ex-presidente compara salário mínimo e gasolina entre os governos Bolsonaro e os de Lula e Dilma.
Bolsonaro usa informações enganosas ao comparar preços entre os períodos. Além disso, os citados não coincidem com a média apurada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Jair Bolsonaro também tenta competir com os governos petistas na questão dos empregos. O antigo governo de extrema direita foi responsável pelo maior taxa de desemprego do planeto, entanto, na propaganda falsa, o ex-presidente teria gerado mais ocupações que nos governos Dilma e Lula [sic].
Nunca é demais recordar. Segundo a OIT, dos 160 milhões de brasileiros aptos a trabalhar apenas 80 milhões tinham ocupação. Ou seja, metade da PEA estava desocupada durante o desastroso governo Bolsonaro.
Para falsear os números, Bolsonaro não levava em consideração entre os desempregados os precarizados, os uberizados, os pejotizados, os informalizados, os intermitentes, os semiescravizados, os desalentados, etc.
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