A situação econômica do país piorou nos últimos meses para 69% dos brasileiros, segundo o Datafolha, que realizou a pesquisa entre 13 e 15 de setembro de 2021.
A percepção de piora na economia, por óbvio, foi sentida pelos mais pobres, mais escolarizados, jovens e mulheres. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, vence em todos esses segmentos a disputa pela presidência nas eleições de 2022.
A degradação econômica para os mais pobres, frise-se, pode ser comparada com 2019, quando 35% dos brasileiros piora na situação econômica. Agora, em setembro de 2021, esse índice praticamente dobrou em um ambiente de desemprego altíssimo, de precarização da mão de obra, salários baixos e desalento.
O instituto também arrisca os motivos para essa percepção negativa: crise hídrica, desemprego elevado, uma economia estagnada no último trimestre e aumento da inflação e dos juros.
O Datafolha ainda chuta: “Ameaças autoritárias feitas pelo presidente e medidas com impacto fiscal também contribuíram para derrubar a Bolsa e para a alta do dólar.”
Diferente da leitura que a Folha faz da pesquisa, o que ajudou a degradar a economia para os mais pobre, novamente frisamos, foi a retirada de direitos apoiada pelo jornalão e pela Avenida Faria Lima.
O Datafolha é um instrumento de afirmação das especulações do jornal Folha de S.Paulo, que, há muito, funciona como um banco. A publicação trocou o jornalismo pelo mercado financeiro, explicou no início deste ano o veterano jornalista Luis Nassif, no GGN.
Em síntese, Bolsonaro ferrou os mais pobres deste País com ajuda da velha mídia corporativa e ele é o principal cabo eleitoral de Lula.
O Datafolha entrevistou presencialmente 3.667 brasileiros em 190 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.