E o PT? Teve o dedo do Lula nas 21 medalhas do Brasil na Olimpíada de Tóquio

Teve o dedo dos governos do PT, entre 2003 e 2013, a campanha brasileira na Olimpíada de Tóquio terminou com a melhor performance do país em uma edição de Jogos Olímpicos. Por diversas óticas, o resultado no Japão representou um marco, um avanço cinco anos após sediar o evento no Rio de Janeiro.

Em 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) plantou a semente do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), um programa para atletas militares, fruto de uma parceria entre os ministérios da Defesa e dos Esportes, que fortaleceu a equipe militar em competições de alto nível ao mesmo tempo em que serviu como incentivo econômico para os competidores.

O programa atualmente conta com 551 atletas e um investimento de R$ 38,3 milhões por ano. 92 atletas militares do PAAR foram classificados para as Olimpíadas de Tóquio. São 162 homens e 140 mulheres que competirão em 35 das 50 modalidades olímpicas.

O PAAR foi de fundamental importância durante a pandemia da covid-19, período em que muitos clubes cortaram o salário dos atletas, que só puderam se manter graças ao salário pago por esse programa criado lá atrás por Lula para que aquele protótipo de atleta, em 2008, pudesse brilhar, 16 anos depois, lá em Tóquio. Nesse contexto, a continência dos esportistas é um gesto de reconhecimento, apesar de não obrigatória.

O Brasil colheu o resultado da era petista em Tóquio, em medalhas. Vide o quadro em que o País ficou em 12º lugar, melhor classificação na história. Em 2016, a posição final do país foi 13º.

Segundo o critério de distribuição de medalhas de acordo com o naipe, o Brasil também superou a campanha em casa, até então a melhor em Jogos Olímpicos. A delegação conquistou exatamente a mesma quantidade de ouros e pratas que há cinco anos (sete ouros e seis pratas), mas obteve dois bronzes a mais (oito a seis).

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Estes dois bronzes foram a diferença também para registrar o maior número total de pódios do país em uma edição olímpica. Foram 21, contra 19 no Rio.

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Medalha, medalha, medalha

“Entregamos o que tínhamos como meta, que era superar o Rio 2016. Estar em 12° lugar no mundo, numa competição com 206 países, é um índice importante. Tenho convicção que o trabalho foi feito com muito gosto, vontade e determinação. Entregamos o que tínhamos como meta, e estamos satisfeitos com o resultado”, disse o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, em entrevista coletiva.

Além de uma quantidade nunca antes vista, muitas das conquistas do Brasil representaram também feitos impressionantes ou inéditos.

Rebeca Andrade, da ginástica artística, foi a primeira mulher brasileira a subir duas vezes no pódio em uma mesma Olimpíada (foi ouro no salto e prata no individual geral).

A skatista Rayssa Leal, de 13 anos, se tornou a medalhista mais jovem da história olímpica do Brasil e a mais nova do mundo desde 1936. Ela foi prata na prova do street.

O tênis, com a dupla formada por Luísa Stefani e Laura Pigossi, trouxe o bronze, primeira medalha olímpica da história da modalidade para o Brasil.

Em alguns casos, atletas brasileiros participaram de momentos memoráveis dos Jogos. Alison dos Santos conquistou o bronze nos 400 metros com barreiras, em uma prova em que os três primeiros colocados superaram o antigo recorde olímpico.

No total, 13 modalidades diferentes medalharam para o país, outra marca inédita.

Segundo dados divulgados pelo COB, o investimento para a Missão Tóquio 2020 ultrapassou os R$ 46 milhões. Agora, as premiações pelas medalhas chegarão a R$ 4,6 milhões.

“Nossa preparação para Tóquio começou em 2013, com um custo total aproximado de R$ 65 milhões, sendo R$ 46 milhões esse ano. Esse custo teve o impacto do enfrentamento à pandemia [de covid-19] e também uma variação cambial de dólar e euro que trouxe grande impacto para a nossa organização. E nós temos entregado os resultados esportivos. Foi assim no Pan de Lima, nos Jogos Mundiais de Praia, em Doha, e foi assim em Tóquio”, revelou o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.

O Comitê Olímpico também divulgou que chegou ao fim dos Jogos sem nenhum caso de Covid-19 na delegação. Segundo as informações do Comitê, dos 317 atletas que defenderam o país em Tóquio, 303 receberam pelo menos uma dose da vacina contra a doença e 259 receberam as duas.

Com informações da Agência Brasil e site do Lula.