Movimento Suprapartidário: um novo horizonte para o Paraná

Arilson Chiorato*

O Paraná é um dos estados mais ricos do Brasil e que tem potencial para ser protagonista em diferentes frentes de atuação. Porém, lamentavelmente, não é essa a realidade que vivenciamos sob o Governo Ratinho. Atualmente o Paraná perde a oportunidade de se destacar enquanto um estado que prioriza seu povo, valoriza a vida e estabelece condições dignas para que a população possa enfrentar a pandemia.

É triste ver que a opção política do Governo não coloca os paranaenses em primeiro plano, mesmo durante a pandemia. Mas isso pode mudar, aliás, vai mudar! Nasce no Paraná um movimento que através de contraposição ao Governo Ratinho, visa construir alternativas e soluções para representar os interesses da sociedade paranaense.

Temas como pedágio, serviço público e economia paranaense precisam ser centrais para o desenvolvimento do Paraná e para proporcionar qualidade de vida ao nosso povo. É inaceitável que o Governo ignore os anseios da população. Há décadas os paranaenses arcam com um dos pedágios mais injustos do mundo, que cobra caro e não entrega obras, que é assumidamente corrupto e que inviabiliza a economia do Estado.

Os serviços públicos estão cada vez mais sucateados pelo Governo, seja na área de educação, onde o Secretário e o Governador abrem fogo diariamente contra os professores e demais trabalhadores na educação, seja na Saúde, onde falta interesse político do Governador em resolver o caos que vivenciamos hoje. Mas a má administração dos serviços públicos se dá em todas as áreas, o arrocho salarial, a guerra declarada contra os servidores e a opção pela iniciativa privada nos levam a experimentar novamente, a tentativa em privatizar as nossas Empresas Públicas. A venda da Copel Telecom evidencia o interesse do Governo em entregar aquilo que é tão caro para o povo paranaense, que foi construída com pagamento suado de impostos. O lucro astronômico da Copel que bate recordes e da Sanepar, apontam que é apenas questão de tempo para que Ratinho tente entregar o que resta do patrimônio paranaense e que é essencial para a vida de nosso povo.

A economia do estado, as contas públicas são pensadas apenas para favorecer a elite econômica e financeira. A opção do Governo não é promover políticas públicas para a população, especialmente em tempos de pandemia em que as pessoas pobres e que vivenciam diversas vulnerabilidades, e também os autônomos e micro, pequenos e médios empresários precisam de condições para enfrentar a crise sanitária e econômica. O interesse do Governo é acabar com o Estado, desgastar até nos fazer acreditar que não temos alternativa.

Economia

Não podemos nos conformar com tamanha injustiça e, é por acreditar que apenas a política muda a vida, que buscamos unir partidos de esquerda, de centro e de direita para enfrentar a política nefasta deste Governo, que onde toca, destrói. O Paraná tem condições de liderar o combate à pandemia; de promover vida digna para a população; de respeitar os servidores e valorizar as empresas públicas e de aprovar um modelo justo de pedágio.

A política é um instrumento de mudança social, a construção desse movimento Suprapartidário, com lideranças políticas do PT, MDB, PDT, PSB, PSDB, PSC e PV, pode ser vista como uma “Geringonça”, assim como o movimento homônimo em Portugal que promoveu avanços e pautou uma nova política. Este movimento vai igualmente pautar o Governo Ratinho e, apontar alternativas futuras, que podem passar por 2022. Derrotar essa política do atraso, esse bolsonarismo irresponsável, é fundamental para que possamos traçar novos rumos e enxergar um novo horizonte. Juntos somos mais fortes, a mudança no Paraná é urgente!

Convido a todos e a todas, para que nesta segunda-feira, 29/03, às 20h, estejamos juntos nas redes sociais debatendo um projeto para o Paraná. Um projeto que considere os interesses das regiões do estado, as diversas vozes e a democracia.

*Arilson Chiorato é Deputado Estadual, Presidente do PT – Paraná e Mestre em Gestão Urbana pela PUC-PR. Coordenador da Frente Parlamentar sobre o Pedágio.