Auxílio emergencial: Bolsonaro criou 2 milhões de novos pobres só em janeiro com fim do benefício

O presidente Jair Bolsonaro e seu “Posto Ipiranga”, o ministro Paulo Guedes (Economia), produziram 2 milhões de novos pobres somente no mês de janeiro deste ano com o fim do auxílio emergencial.

De acordo com o Insper, cerca de 26 milhões de pessoas vivem na pobreza, ou seja, 13% da população brasileira sobrevive com uma renda per capita de apenas R$ 250 por mês.

A quantidade de pobres hoje no Brasil já é maior do que a observada antes do início da pandemia de coronavírus. Em 2019, 12% da população era pobre, ou seja, cerca de 24 milhões de pessoas.

O golpe foi contra os pobres

Muito se fala que o golpe de Estado, em 2016, foi para derrubar a então presidenta Dilma Rousseff e o PT do governo. No entanto, quatro anos depois, chega-se à conclusão de que o golpe era contra os pobres.

O combate à pobreza foi mais efetivo nos governos do PT, quando a proporção de pobres no Brasil caiu de 23,4% em 2002 para 7% em 2014. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Durante o pagamento do benefício, a taxa de pobreza chegou a recuar para 8% da população, e a da extrema pobreza – brasileiros com renda per capita abaixo de R$ 150 ao mês – caiu de 3% para 1%. Foram os menores patamares já registrados pelo Brasil desde a década de 1970, quando as pesquisas domiciliares começaram a ser realizadas.

Economia

Volta do auxílio emergencial só para metade

Segundo o ministro dos bancos, Paulo Guedes, a extensão do auxílio seria mais “focalizada” e atenderia 32 milhões de brasileiros, pouco menos da metade dos 67,9 milhões de pessoas que receberam o benefício em 2020.

Pela fórmula Guedes, cerca de 36 milhões de brasileiros passariam fome e não teriam direito à ajuda governamental.

Para chegar à estimativa de 32 milhões de pessoas, sem os 36 milhões, que seriam excluídos, Guedes explicou que uma nova versão do auxílio emergencial não abrangeria os inscritos no Bolsa Família e se concentraria apenas na população não atendida por nenhum programa social.