O governo das Ilhas Salomão defendeu sua decisão de proibir temporariamente o Facebook, uma medida que diz ter o objetivo de combater o cyberbullying e a difamação online. Ou seja, para coibir as fake news.
A proibição, que ainda não entrou em vigor, recebeu uma resposta irada online depois de ser anunciada na semana passada.
Funcionários de comunicações devem se reunir com provedores de internet e telecomunicações nas Ilhas Salomão para discutir como eles irão bloquear a maior rede de mídia social do mundo.
O primeiro-ministro Manasseh Sogavare disse ao parlamento da nação que a proibição era necessária para preservar a unidade nacional.
“O cyberbullying no Facebook é generalizado, as pessoas foram difamadas por usuários que usam nomes falsos e a reputação das pessoas que foi construída ao longo dos anos [são destruídas] em questão de minutos”, disse ele.
Os detalhes técnicos exatos de como a proibição funcionaria – se envolveria o uso de um firewall, por exemplo – ainda estão sendo resolvidos.
Ele atraiu uma resposta acalorada dos oponentes do governo, como o líder da oposição Matthew Wale rotulando a proibição de “patética” e injusta.
“Setenta por cento da nossa população tem menos de 30 anos … e esse é o grupo que é altamente visível nas redes sociais, especialmente no Facebook”, disse o oposicionista à ABC australiana.
“Isso é realmente patético. As razões apresentadas para a proibição não são suficientemente importantes.”
Sobre as Ilhas Salomão
As Ilhas Salomão são um país no oceano Pacífico, na Melanésia, situados no arquipélago de mesmo nome. O país inclui também as ilhas Santa Cruz e outras ilhas e atóis isolados. Tem fronteiras marítimas com a Papua-Nova Guiné, a oeste, com Nauru, a nordeste, e com Vanuatu, a sudeste. A capital e maior cidade do país é Honiara. Possui cerca de 600 mil habitantes.
Baixaria e ‘fake news’ contra Marília Arraes em Pernambuco; assista
Blog do Esmael: Por que votar em Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.