O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) foi ao Twitter neste domingo (9) para apontar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como um dos responsáveis pela morte de cem mil brasileiros pela Covid-19.
Segundo Requião, Maia impede a tramitação dos mais de 50 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, que sempre adotou uma política negacionista em relação à pandemia do novo coronavírus.
“Na medida em que impede a tramitação dos pedidos de impeachment ao presidente na Câmara Federal, Rodrigo Maia é também responsável pela morte dos 100.000 brasileiros pelo covid! Simples assim!”, escreveu Requião.
Na medida em que impede a tramitação dos pedidos de impeachment ao presidente na Câmara Federal, Rodrigo Maia é também responsável pela morte dos 100.000 brasileiros pelo covid!
Simples assim!— Roberto Requião (@requiaopmdb) August 9, 2020
Requião tem se notabilizado também como um ferrenho crítico da tese da “frente ampla”, uma proposta que pretende unir neoliberais de direita com a esquerda para fazer uma oposição ao presidente Bolsonaro, sem mudar o programa econômico do ministro Paulo Guedes. Maia, ao lado de Fernando Henrique, Luciano Huck, João Doria, Mandetta, Flávio Dino, entre outros, são defensores da política de frente ampla.
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O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro, pelo Twitter, culpou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelas mais de 100 mil mortes por Covid-19 no Brasil.
“Não podemos nos conformar, nem apenas dizer #CemMilEdaí”, atacou o ex-chefe, referindo-se à celebre frase de Bolsonaro quando em abril o País passava da marca de cinco mil mortes.
‘E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?’, disse Bolsonaro na época sobre as mortes pelo novo coronavírus; ‘Sou Messias, mas não faço milagre’, emendara o presidente.
“São mais de 100 mil mortos; 100 mil famílias que perderam entes para a Covid”, tripudiou o ex-mandachuva da Lava Jato.
Buscando se diferenciar de Bolsonaro, de olho em 2022, Moro desejou que a ciência aponte caminhos e que ‘a fé nos dê esperança’.
Também pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou por meio de nota da Secretaria de Comunicação da Presidência da República:
“Todas as vidas importam: as que vão e as que ficam”, resignou-se. “Lamentamos as mortes por Covid, assim como por outras doenças”.
Segundo Bolsonaro, ‘nossas orações e nossos esforços têm a força de um Governo que dá tudo para salvar vidas.’
O presidente disse ainda que ‘toda a assistência possível à saúde dos brasileiros foi dada’, embora haja forte controvérsia sobre isso.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.