Bolsonaro perdeu o guru com a prisão Bannon

A prisão do estrategista Steve Bannon caiu como uma bomba no Palácio do Planalto, pois, em 2018, o americano foi um dos principais conselheiros políticos na eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Bannon é um dos “engenheiros do caos” descritos na obra de Giuliano da Empoli acerca das fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições.

Ou seja, Steve Bannan foi estrategistas de campanhas eleitorais nos Estados Unidos, Brasil, Itália, Hungria, dentre outros países, mais vulneráveis.

Mas o guru de Jair Bolsonaro não foi preso hoje, nos EUA, por fraude eleitoral, embora os americanos se preparem para eleger o presidente da República no próximo dia 3 de novembro.

Steve Bannon, um dos engenheiros do caos, caiu porque estaria dando o golpe do muro EUA com o México. Segundo o Ministério Público, o estrategista estava arrecadando dinheiro junto aos “trumpminions” para a causa, mas usando para uma vida de luxo e gastos pessoais.

O guru bolsonarista que fala inglês é um dos idealizadores da “mamadeira de piroca”, do ódio aos gays, às mulheres e aos negros; guerra ao comunismo; proposta de escola sem partido; terraplanismo; negacionismo em relação à Covid-19; enfim, Steve Bannon é um dos engenheiros do caos no Brasil.

Economia

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O estrategista e marqueteiro Steve Bannon, que foi conselheiros do presidente Donald Trump além de ter contribuído para a eleição de Jair Bolsonaro, foi preso nesta nesta quinta-feira (20).

Ele é acusado do crime de conspiração para cometer fraude para custear uma campanha de apoio à construção do muro entre os Estados Unidos e o México. A informação foi dada Departamento de Justiça dos EUA nesta quinta-feira (20).

A campanha “We Built That Wall” (nós construímos o muro) arrecadou US$ 25 milhões (cerca de R$ 142 milhões).

Promotores federais em Nova York anunciaram que Bannon foi acusado em uma acusação em conjunto com Brian Kolfage, Andrew Badolato e Timothy Shea.

Bannon é o cérebro por trás das estratégias de marketing digital baseado em notícias falsas, mensagens dirigidas e robôs para disseminação de ataques. Essas estratégias de campanha foram vitais para a eleição de Donald Trump e Jair Bolsonaro; além da ascensão da extrema-direita em todo o mundo.