Teve de tudo e mais um pouco no 1º de maio virtual organizado pela centrais sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB e Nova Central. O verdadeiro samba do crioulo doido reuniu emperdenidos golpistas como FHC, neoliberais de diversos quilates e os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Houve também desistências como a dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AC), que comandaram as reformas trabalhista e previdenciária – verdadeiros crimes contra os direitos sociais dos trabalhadores.
Convidado pelos dirigentes sindicais, Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, não se fez de rogado e gravou vídeo esculanchando a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), fazendo uma defesa apaixonada das virtudes da flexibilização trabalhista e da retirada de direitos históricos dos trabalhadores.
“Quando o Brasil criou a CLT, lá nos anos 40, a realidade era diferente. Com o passar do tempo, apesar de todas as atualizações que foram feitas ao longo de 70 anos, como a reforma trabalhista de 2017, ainda não conseguimos pavimentar um caminho mais concreto para reduzir o desemprego que está se agravando agora com a crise do coronavirus”, defendeu o infeliz.
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Segundo a coluna Painel da Folha de São Paulo, o vídeo causou um quiprocó danado entre os sindicalistas, que acharam demais o esculacho do moço. Todavia, houve que defendesse a exibição do vídeo antitrabalhista, como o secretário-geral da Força Sindical, João Gonçalves, o Juruna, que acusou a CUT de censurar a exibição do vídeo no “palanque” virtual.
O formato do 1º de maio de 2020 recebeu críticas de diversos setores políticos e sindicais, revelando as dificuldades da cúpula das centrais para encontrar formas de mobilização da classe trabalhadora neste momento de pandemia do coronavírus e de agressão patronal sem precedente aos direitos trabalhistas.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.