Diante das declarações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta interferir politicamente na Polícia Federal, a bancada do PSB na Câmara trabalha para que ele compareça ao Parlamento para prestar esclarecimentos. A Legenda também decidiu que entrará nesta segunda-feira (27) com o pedido de impeachment contra o presidente da República por considerar que ele não respondeu de forma convincente a nenhuma das acusações.
Líder do PSB na Câmara, o deputado Alessandro Molon (RJ), disse em suas redes sociais estar claro que Bolsonaro demitiu o chefe da Polícia Federal para frear as investigações que avançam sobre seus filhos, e que ele nunca quis o fim da corrupção. Além disso, o socialista afirmou que o presidente da República só trabalha em prol da própria família e da reeleição. Enquanto isso, o Brasil continua sem governo.
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Molon afirmou também que é lamentável iniciar um processo de impeachment no meio de uma crise tão grave da Saúde no Brasil, que já deixou mais de 4 mil brasileiros mortos.
“Infelizmente, considerando os crimes cometidos pelo presidente, e considerando que nossa omissão poderia tornar os efeitos da crise ainda mais graves, não há outra saída”, avaliou.
CPI
O deputado paranaense Aliel Machado apresentou o primeiro pedido para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as afirmações de Moro, de que houve a tentativa de interferência do presidente da República para fins pessoais, na tentativa de proteger a si mesmo e sua família de eventuais investigações criminais.
“As afirmações [de Moro] são graves e precisam ser investigadas”, defendeu ao anunciar o pedido de abertura da CPI.
Com informações do PSB.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.