Integrantes do chamado acampamento de apoio a operação “Lava Jato”, que se reúnem há 2 anos em frente a sede da Justiça Federal em Curitiba, queimaram camisas com o rosto do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, no último sábado (25).
Em vídeo do grupo transmitido pelas redes sociais, os apoiadores de Bolsonaro aparecem vestidos inicialmente com camisas estampadas com a foto de Moro. Logo em seguida, eles as retiram do corpo, mostram outras com a foto do presidente Bolsonaro, e queimam as de Moro.
Em conversa com o portal UOL, a militante bolsonarista Paula Milani, declarou que “o acampamento continua com a defesa da pátria e o combate ao comunismo. Tendo em vista tudo isso que está vindo à tona, continuamos com o presidente que é quem realmente está combatendo o comunismo. Estamos abatidos e decepcionados, mas vamos seguir em frente.”
Veja o vídeo:
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“É uma decepção e uma traição [a saída do Moro]. Hoje em dia analisamos esses dois anos em frente à Justiça Federal, e algumas atitudes do então juiz Moro, que considerávamos normais, agora não vemos assim. [Vemos] Uma pessoa que não estava lutando contra o comunismo, mas contra o PT. E isso ele fez muito bem, mas nosso objetivo é contra o comunismo”, acrescentou.
Nas redes sociais, foi um fim de semana de intenso combate entre os apoiadores de Bolsonaro e os lavajatistas pró-Moro, evidenciando o racha na extrema-direita.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.