#NasRuas5DeAbril pode ser o maior fiasco de Bolsonaro

Bolsonaro leva a sério sua necropolítica, a política da morte, nesses tempos de coronavírus.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem dado azo às manifestações pelo fim da quarentena, adotada para conter a infeção do coronavírus, e contra as instituições democráticas brasileiras.

Neste domingo, dia 5 de abril, o “Capitão Corona” poderá experimentar seu maior fiasco com a falta de público nas manifestações, que foram convocadas nas redes sociais sob o rótulo da hashtag #NasRuas5DeAbril.

Bolsonaro busca apoio nas ruas para levantar o isolamento social determinado pelas autoridades sanitárias, desde que a Covid-19 virou uma ameaça concreta no Brasil.

O presidente da República, assim como seu guru Olavo de Carvalho, é da linha negacionista. Ele não crê na letalidade do vírus, mas acredita que a terra é plana e Elvis não morreu.

O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, criticou a manifestação programa para amanhã.

“É inacreditável que pessoas estejam marcando manifestação para 5 de abril, um dia já firmado como crítico para a pandemia”, afirmou o presidente da Ordem.

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Santa Cruz escreveu no Twitter que existe um segundo contágio com o qual, pelo visto, devemos nos preocupar: “o da ignorância.”

O cantor e compositor Caetano Veloso, no longínquo ano de 1978, prevendo da Covid-19 no ano de 2020, deu uma antológica declaração para os bolsominions:

“Não cara, que loucura! Como você é burro! Isso aí que você disse é tudo burrice! Eu não consigo gravar muito bem o que você falou porque fala de uma maneira burra.”

Mandetta alerta que #Covid-19 ainda não atingiu bairros operários no Brasil
O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, alertou no último balanço sobre o coronavírus que os bairros operários ainda não foram atingidos no Brasil.

Mandetta pediu que as autoridades sanitárias tenham atenção redobrada com a quarentena neste fim de semana.

“A Covid-19 não entrou nos bairros operários do Brasil e por isso requer a atenção redobrada no final de semana”, disse o ministro.

Neste sábado (4), as secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 12h30, 9.391 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 376 mortes pela Covid-19. Apenas três estados ainda não registraram mortes: Acre, Amapá e Tocantins.

Coronavírus já matou mais de 60 mil pessoas pelo mundo
Dados da Universidade Johns Hopkins divulgados neste sábado (4) apontam que a pandemia de coronavírus já provocou a morte de 60.874 pelo mundo desde o registro dos primeiros casos, em dezembro.

O país que acumula mais mortes é a Itália (14.681). Em seguida aparecem a Espanha (11.744), os Estados Unidos (7.460) e a França (6.507).

O mundo tem 1,1 milhão de casos confirmados. A nação com maior quantidade de casos são os EUA (278.458). A Espanha ocupa a segunda posição (124.736) e a Itália a terceira (119.827).

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