A falta de empatia de Bolsonaro: “Alguns vão morrer, vão morrer, lamento, é a vida”

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a surpreender, nesta sexta (27), mostrando falta de empatia com o outro, durante entrevista ao programa Brasil Urgente, do apresentador José Luiz Datena, na TV Bandeirantes.

Ao defender o fim do isolamento social e o retorno de todas as atividades, a despeito do avanço do coronavírus no Brasil, Bolsonaro disse que o país não pode quebrar economicamente por causa de um vírus –que ele já classificou recentemente como “gripezinha”.

“Alguns vão morrer, vão morrer, lamento, é a vida. Não pode parar uma fábrica de automóveis porque tem mortes no trânsito”, afirmou o presidente.

Nesta sexta-feira (27), o Ministério da Saúde confirmou que o Brasil tem 92 mortes e 3.417 casos de novo coronavírus.

O problema, senhor presidente, é que cada um desses que irão morrer é filho, é pai, é avô de alguém. As vítimas de sua irresponsabilidade têm nome e sobrenome. São mais do que números.

Economia

LEIA TAMBÉM
PT aciona Bolsonaro e Wajngarten na Justiça por propaganda ‘criminosa e imoral’ que estimula fim do isolamento social

Irmão do ex-ministro da Saúde está com coronavírus; assista

PSOL cobra investigação do MPF sobre campanha do governo “O Brasil não pode parar”

Para os bolsominions, vamos definir o significado de empatia (Michaelis):

1. Habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa.
2. Compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem.
3. Qualquer ato de envolvimento emocional em relação a uma pessoa, a um grupo e a uma cultura.
4. Capacidade de interpretar padrões não verbais de comunicação.
5. Sentimento que objetos externos provocam em uma pessoa.

O correto seria o presidente da República, Jair Bolsonaro, vir a público garantir que sua luta –como chefe da nação– seria para não ter nenhuma perda de vida humana.

Bolsonaro não tem alma, nem coração. Mas tem lado: o lado da insanidade, do capitalismo selvagem e da necropolítica –a política da morte.