Chile: Greve geral pelo segundo dia; Repressão de Piñera já matou 23


O segundo dia de greve geral convocada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT) do Chile, coletivos populares e movimentos sociais contra o governo neoliberal de Piñera e a repressão mantém o país paralisado. Milhares de chilenos foram às ruas nesta quinta-feira (24) exigir a renúncia de Piñera e o fim do estado de emergência.

Os organizadores da greve geral explicaram que hoje concentrarão suas forças em manifestações e panelaços. As organizações fizeram um chamado a “mobilização por todos os rincões de nosso país’. Com o lema ‘Nos Cansamos, Nos Unimos’, os chilenos exigem que seja revogado imediatamente o estado de emergência e o retorno dos militares a suas unidades e quartéis.

Também exigem aos parlamentares do Senado e Câmara de Deputados que façam uma greve legislativa e, em consequência, não se tramite nenhum Projeto de Lei, nem ratificação de Tratados Internacionais.

Os grevistas propõem também que seja implemenada uma Assembleia Nacional Constituinte para que elabore de maneira participativa um novo marco estrutural da sociedade chilena, e com isso ‘abrir passagem a um modelo de desenvolvimento nacional, que ponha fim ao atual modelo neoliberal injusto e abusivo’, destacaram.

O Instituto Nacional de Direitos Humanos alertou ao governo sobre as violações à cidadania durante os dias de protestos, que conduziram à morte de 23 pessoas e mais de 200 feridos pelo Exército e os carabineiros.

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As manifestações, em Santiago e em outros pontos do país, já duram seis dias, mesmo depois de o presidente Sebastián Piñera ter anunciado medidas para tentar conter a rebelião social.

O estopim para a crise foi o aumento do preço das passagens de metrô -o índice de 3,75% foi posteriormente revogado. Antes disso, porém, a população já demonstrava insatisfação com a condição de vida no país, com a precarização dos serviços públicos nas áreas de saúde, de educação e da falência no sistema aposentadoria por capitalização.

*Com informações de agências internacionais