O ministro do STF, Gilmar Mendes, deu a senha ontem (30) durante evento com advogados: ‘poderá ocorrer nova anulação na Lava Jato‘. Para um bom entendedor, meia palavra basta. O magistrado se referia ao ex-presidente Lula, preso político há mais de 500 dias na Polícia Federal de Curitiba.
Em setembro é o mês “L”, o mês que Lula poderá ser solto pelo Supremo Tribunal Federal. A discussão intra muros, na corte, é sobre em que condições o petista será colocado para fora da prisão. Com ou sem direitos políticos?
LEIA TAMBÉM
Senado terá ato contra a reforma da Previdência na terça
O reencontro e o abraço de Fernando Haddad e Ciro Gomes; assista
Bolsonaro anuncia pior salário mínimo em dólar desde 2009
Lula percebeu, desde o início da Vaza Jato, com as reportagens do Intercept com conversas de seus algozes, isto é, os procuradores da força-tarefa e o ex-juiz Sérgio Moro, que agora é o STF que sangra com a demora em libertá-lo do injusto encarceramento.
Animal político, o petista mira derrotar nas urnas o presidente Jair Bolsonaro (PSL), em 2022, oportunidade que a ‘República de Curitiba’ lhe surrupiou na eleição passada –como demonstraram as mensagens trocados pelos procuradores e o juiz no aplicativo Telegram.
A Lava Jato, outrora a queridinha de toda a velha mídia, chafurda na lama e puxa para o fundo os Supremo. Ou os ministros da corte reagem revisando as condenações e sentenças malfeitas, proferidas com o intuito de disputar política e ideologicamente o poder, ou se afogarão ‘juntos e shallow now’ com Moro e os Deltan Dallagnol da vida.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.