Lava Jato sofreu goleada de 10 x 1 no Supremo

Doze partidos foram ao STF contra o arbítrio da Lava Jato, em solidariedade a Lula.
A maré não está pra procuradores da força-tarefa nem pra juízes da República de Curitiba. A goleada que a Lava Jato sofreu nesta quarta (7), por 10 a 1, no Supremo, mostra que a direção do vento pode mudar ainda mais nos próximos dias.

Hoje o STF decidiu pela permanência do ex-presidente da sala do Estado Maior na Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.

A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal, tinha determinado a transferência do petista para o presídio de Tremembé, em São Paulo, mas a corte suprema suspendeu a manobra por inequívoca goleada.

Na manhã desta quarta acreditou-se que a transferência havia sido combinada com a defesa de Lula e que isso seria o prenúncio da soltura do ex-presidente, preso político há quase 500 dias.

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A tentativa de os goden boys de Curitiba criar um fato em cima de Lula para tirar a Lava Jato da defensiva deu combustível para constituição de uma frente contra o arbítrio, como registrou o jornalista Ricardo Cappelli. Doze partidos se solidarizaram com o PT e foram ao STF contra o abuso de poder da força-tarefa, mas de olho no ministro Sérgio Moro.

O pedido para transferir Lula partiu da Polícia Federal do Paraná, subordinada de Moro, logo há todas as digitais do ex-juiz nessa bruxaria frustrada pelo STF.

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), elogiou o Supremo e disse que já existem provas para que a corte solte Lula imediatamente. Segundo ela, ao barrar a transferência do ex-presidente para São Paulo, os ministros colocaram um freio nas arbitrariedades de Moro e da República de Curitiba.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, ironizou a frustrada manobra do governador de São Paulo João Doria de fazer do ex-presidente Lula seu palanque eleitoral para 2022. “Vai ficar pra outra encarnação, governador.”