Na homenagem, o Exército Brasileiro omitiu que Maximilian era oficial do Terceiro Reich cujo regime assassinou ao menos seis milhões de judeus durante o Holocausto na Segunda Guerra Mundial.
Os militares brasileiros destacam que o alemão era aluno da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército que, em 1º de julho de 1968, foi assassinado no Brasil pela guerrilha que lutava contra a ditadura local.
“O major do Exército Alemão Otto Maximilian, homenageado pelo Exército Brasileiro, era do exército da Alemanha Nazista, lutou ao lado dos nazistas, estava em missões dos nazistas, mas não era nazista”, disse o jornalista e ativista LGTB William De Lucca. E completou: “É tipo o Bolsonaro com os milicianos.”
A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) protestou dizendo que “não basta negar os crimes da Ditadura, não basta somar-se aos delírios e pataquadas de Bolsonaro, o Exército brasileiro ainda se dá ao luxo de homenagear um nazista.”
A repercussão negativa da homenagem surpreendeu a comunidade judaica e até cidadãos de bom-senso, que não exercem militância política ou partidária.
Portanto, o Exército Brasileira deveria vir a público e esclarecer em letras garrafais: ERRAMOS.
Prestamos hoje homenagem ao oficial de nação amiga, Major do Exército Alemão Otto Maximilian, aluno da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército que, em 1º de julho de 1968, foi assassinado no Brasil.https://t.co/A3XS7QgXnz pic.twitter.com/YbxMUPeZjJ
— Exército Brasileiro (@exercitooficial) 1 de julho de 2019
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.