Censo 2020 em risco

Sob ataque do presidente Bolsonaro e de seus ministros, que têm tentado desacreditar os números da entidade em relação ao desemprego, funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representantes da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep) lançaram nesta quinta-feira (6) a campanha Todos Pelo Censo 2020. As informações são do Site Socialista Morena.

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O movimento nasceu como uma resposta ao anúncio feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em abril, de reduzir em 25% o orçamento do Censo 2020 e o número de perguntas feitas no questionário.

“O Brasil é um país pobre e faz 360 perguntas. Custa muito caro e tem muita coisa que não é tão importante”, disse o ministro, negando “intervenção” federal no órgão e mostrando desinformação a respeito do censo, que é feito a cada 10 anos e tem 150 perguntas, não 360.

Em maio, a presidenta do IBGE, Susana Guerra, anunciou que o Censo 2020 terá questionários menores do que os aplicados no Censo 2010, mas negou ingerência do governo federal na decisão. O instituto também reduziu os custos do censo, de 3,4 bilhões de reais para 2,3 bilhões.

A falta de informações concretas sobre a redução do orçamento preocupa o conselho consultivo e o corpo técnico do IBGE. Neste momento, quando os preparativos para a realização do Censo 2020 deveriam estar a todo o vapor, não há nenhuma informação oficial sobre o valor exato disponível para o próximo Censo, nem como a presidenta do IBGE pretende concretamente reduzir os gastos.

Economia

O censo demográfico existe desde 1872 e é coordenado pelo IBGE desde 1940. Nem a ditadura militar foi capaz de interromper sua realização.

O site entrevistou Luanda Botelho, coordenadora da Associação dos Servidores do IBGE e técnica do instituto, sobre a importância da realização do censo e as interferências do governo no trabalho do órgão. Confira.

As informações são do Site Socialista Morena.