O laranjal só cresce: Assessora de Flávio Bolsonaro repassou 60% da verba pública de campanha ao marido

A jornalista Elisangela Machado dos Santos de Freitas, que disputou uma vaga na Câmara dos Deputados como Elisa Robson (PRP-DF) no ano passado e não se elegeu, destinou mais que a metade dos recursos que recebeu do fundo eleitoral ao próprio marido. Informa nesta segunda feira (11) o jornal Folha de São Paulo.

Segundo a reportagem, Elisangela, que é administradora do perfil “República de Curitiba” (página simpática ao presidente Jair Bolsonaro), agora foi contratada para trabalhar no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) com salário de R$ 8,6 mil.

A reportagem destaca que a nova contratada do filho do presidente, que na campanha se apresentava nas redes como ” a federal do Bolsonaro no DF”, recebeu R$ 25 mil do fundo público eleitoral e sua maior despesa, R$ 14,9 mil (59% do total), foi com o próprio marido, o analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Ronaldo Robson de Freitas. A candidata obteve 11.638 votos (0,81% dos votos válidos).

Ainda de acordo com a matéria, pela declaração que consta na Justiça eleitoral, Ronaldo recebeu R$ 10 mil para “serviços de coordenação de campanha eleitoral”, R$ 4 mil para “locação de equipamento para gravação de vídeo” e outros R$ 900 para “serviço de divulgação de campanha”.

A Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, informou à Folha que, durante a campanha eleitoral, Ronaldo gozou de duas licenças médicas.

“No período de julho a outubro de 2018 foram registradas duas ausências por motivo de saúde: uma entre 13 e 17 de agosto e outra entre 3 e 5 de outubro, ambas por meio de atestado médico”, informou a empresa em nota.

Economia

Elisa Robson costuma postar vídeos e fazer transmissões ao vivo pelo Facebook no perfil “República de Curitiba”. Ela ficou popular nas redes por um protesto que fez em agosto do ano passado em frente ao prédio da ONU (Organizações das Nações Unidas) em Brasília.

“Temos que tomar uma atitude e temos que demitir a ONU do governo brasileiro. Chega desta influência nefasta que ela tem tido sobre nosso governo, sobre o nosso país há mais de 30 anos, patrocinando os governos socialistas desde Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer”, disse na ocasião.

Com informações da Folha