O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), deputado federal mais votado em Minas, criou candidaturas laranjas com o objetivo de desviar recursos públicos de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo jornal Folha de São Paulo.
LEIA TAMBÉM:
Filho de Bolsonaro adquiriu R$ 4,2 milhões em imóveis em apenas 3 anos, diz Folha
Segundo o jornal, o PSL de Minas, presidido à época pelo próprio Álvaro Antônio, recebeu do comando nacional do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) R$ 279 mil que eram destinados a quatro candidatas. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas.
A Folha apurou que dos R$ 279 mil repassados ao PSL mineiro, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro.
Durante a eleição, ainda segundo o jornal, uma candidata do partido chegou a registrar um boletim de ocorrência em que acusou assessores de Álvaro Antônio de cobrar dela a devolução de metade do valor que foi destinado para sua campanha.
Marcelo Álvaro Antônio trocou o PR pelo PSL no início de 2018, seguindo Bolsonaro, de quem foi o coordenador de campanha em Minas.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.