A oficialização de Haddad candidato no lugar do ex-presidente Lula ainda será digerida pelos analistas políticos, aliados e adversários. Mas já dá para sentir o nível da disputa por uma vaga no segundo turno das eleições.
A grande pergunta que se faz neste momento é até que ponto Fernando Haddad (PT) e a sua vice Manuela D’Ávila (PCdoB) conseguirão “herdar” os votos que seriam de Lula.
A pesquisa Ibope divulgada na noite desta terça-feira (11) aponta o segundo lugar embolado entre quatro candidatos. Ciro Gomes do PDT com 11%; Marina Silva (REDE) e Alckmin (PSDB) empatados com 9%; e Haddad (PT) colado com 8%.
Ou seja, Ciro Gomes (PDT) saiu na frente colocando-se como opção de centro-esquerda. Mas ainda não há definição sobre quem irá para o segundo turno.
Por outro lado, o atentado contra Bolsonaro não fez o candidato da extrema direita disparar como muitos apontaram.
Algumas questões pesam contra o substituto de Lula.
Haddad tem um perfil acadêmico o que poderia prejudicar sua comunicação com o povo. Haveria ainda a “herança ruim” do governo de Dilma Rousseff, principalmente na área econômica. E um último fator contra Haddad seriam as denúncias recentes oferecidas contra ele.
São questões difíceis de medir neste momento. Mas as pesquisas eleitorais e de tendência já divulgadas apontam para um amplo potencial de crescimento da candidatura Haddad-Manuela.
A chapa tem bastante tempo de TV e muita militância nas ruas. Resta saber se o PT “esticou a corda” demais, ou se Lula acertou novamente na tática.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.