Beto Richa era modelo de gestão tucana

A prisão do ex-governador Beto Richa (PSDB), nesta terça (11), foi uma “facada” nas pretensões presidenciais de Geraldo Alckmin (PSDB). Isto por que o paranaense era tido como modelo da “eficiência” dos governos tucanos.

A “facada” recebida por Alckmin, no entanto, não teve o mesmo efeito da vitimização de Jair Bolsonaro após o atentado em Juiz de Fora (MG). Pelo contrário. Faz o ex-governador de São Paulo sangrar em praça pública.

Richa era tido como ícone para os tucanos porque seu governo tinha se antecipado ao ajuste financeiro — leia-se retirada de direitos, cortes de programas sociais, confisco da poupança previdenciária, precarização de serviços públicos, arrocho salarial, aumento de tributos e de tarifas públicas, enfim — em comparação ao resto do país.

Grosso modo, Beto Richa era um Michel Temer mais moço e com mais apoio e boa vontade da velha mídia e do judiciário. Aliás, seu governo distribuiu fartas verbas publicitárias e bancou o escandaloso auxílio-moradia para as carreiras da magistratura.

Agora, para fechar o repolho, nas vésperas da eleição, o Ministério Público trouxe à tona o que o mundo político já sabia: o esquema de Beto Richa era sustentado por muita corrupção e muita propina.