Manifestação exige demissão de Parente e redução dos combustíveis

Um ato convocado pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo reuniu milhares de pessoas na noite de quarta-feira (30) em frente à Sede da Petrobras na Avenida Paulista em São Paulo. Os manifestantes pediram a redução do preço dos combustíveis e a saída de Pedro Parente da direção da estatal.

O ato prestou apoio à greve dos petroleiros iniciada na madrugada da quarta (30).  Vinte e cinco plataformas de petróleo da Bacia de Campos, diversos terminais e refinarias foram paralisadas, além de parte do corpo administrativo da estatal.

Tiago Franco é petroleiro, dirigente sindical e trabalha na sede administrativa de São Paulo. Ele explica a pauta da categoria. “Não estamos pedindo aumento. Estamos pedindo redução dos preços. Hoje, a Petrobras deixa o mercado aberto para que empresas estrangeiras explorem nossa riqueza. Não podemos deixar que a campanha de que o petróleo é deles seja vencedora”, disse.

Os petroleiros são contrários à política de preços adotada por Pedro Parente, que atrela os preços ao câmbio e ao valor do barril no mercado internacional, fazendo com que os preços flutuem constantemente. Só em maio, a alta na gasolina superou 9%.

Estudantes ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) também participaram da manifestação. “Há oitenta anos, a UNE foi protagonista da luta que resultou na criação da Petrobras. Por conta dessa empresa, o Brasil tomou um golpe. Não admitiam que nos tornássemos uma potência do petróleo. Não admitem que não vivamos de joelhos. É demais para os EUA conviver com uma América Latina soberana e desenvolvida. Esse é o real motivo do que está acontecendo, precisamos denunciar o que estão fazendo com a Petrobrás”, disse a presidenta da UNE, Marianna Dias.

O pré-candidato à Presidência pelo PSOL e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse que “queremos a queda daquele que foi responsável por essa política. O Pedro Parente precisa cair. Se tivesse vergonha na cara já tinha saído pelo que fez com o país. Estamos em defesa da Petrobras e não pela intervenção militar. Queremos intervenção popular”.

Economia

Com informações da FUP