O abraço de afogado de Alckmin e Temer

O pré-candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB) vem se aproximando do ilegítimo Michel Temer (MDB). O movimento tem a bênção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que ajudou a preparar o terreno. Mas causa reboliço dentro do ninho tucano. A imagem de ambos anda tão ruim que a aproximação parece um movimento suicida. Um verdadeiro abraço de afogado.

A verdade é que a direita e centro direita vêm tendo dificuldades em apresentar algum nome competitivo para a corrida presidencial. Os outros tucanos que já disputaram a presidência (Serra e Aécio) estão fora do páreo. Alckmin continua na disputa por pura exclusão.

Não é a toa que a mídia golpista vem fazendo diversos “balões de ensaio”. Luciano Huck, Marina Silva, Joaquim Barbosa… Mas nenhum desses nomes está empolgando os eleitores. Jair Bolsonaro (PSL), nome com alguma expressão pela extrema direita, não inspira confiança nos donos do capital.

Ciro Gomes é um caso à parte neste cenário. Ele tenta se diferenciar de Lula, mas navega praticamente no mesmo campo. Dificilmente será adotado pela mídia golpista. O que parece na verdade é que ele tenta se posicionar para assumir o espólio de Lula, caso o ex-presidente seja impedido de se candidatar.

Temer vai tentar cobrar a fatura da retirada de direitos dos trabalhadores, das privatizações e de tantas outras “bondades” oferecidas ao mercado. Alckmin parece tentar personificar esse legado. O ex-governador tucano já acenou com a privatização da Petrobras, inclusive.

O problema maior desses dois é mesmo combinar com os eleitores. A esmagadora maioria dos brasileiros rechaça a cartilha neoliberal que eles defendem e que está sendo imposta pelo golpe de 2016.

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Enquanto isso, a esquerda vai conseguindo construir laços promissores, na solidariedade contra a prisão de Lula.