Polícia Federal: Odebrecht mandou ‘destruir e-mail sondas’

do Brasil 247
odebrechtO empresário Marcelo Odebrecht, preso na última sexta-feira 19 pela 14ª fase da Operação Lava Jato, usou a expressão “destruir e-mail sondas” em um bilhete escrito a mão para seus advogados. O papel foi apreendido na segunda-feira 22 pela Polícia Federal, que informou ao juiz Sérgio Moro: “Como de praxe as correspondências dos internos são examinadas por medida de segurança”. A mensagem foi publicada no blog de Fausto Macedo, do Estadão.

O e-mail a que se refere Marcelo Odebrecht foi usado como prova pela PF para prender o empresário, que teria sinalizado na mensagem datada de 2011, de acordo com os investigadores, ter conhecimento da prática de sobrepreço na empresa. A conversa trata com outros funcionários da empreiteira da colocação de sobrepreço de US$ 25 mil por dia em contrato de afretamento e operação de sondas. O documento também envolve a Sete Brasil, empresa criada para produzir sondas para o pré-sal.

De acordo com a reportagem, a descoberta do bilhete foi comunicada à Justiça Federal pelo delegado Eduardo Mauat da Silva, integrante da força-tarefa da Lava Jato. Os advogados da Odebrecht Dora Cavalcanti e Rodrigo Sanches Rios estiveram em seu gabinete e afirmaram que “o verbo ‘destruir’ se referia a uma estratégia processual e não a supressão de provas, destacando que o documento original teria sido levado a São Paulo por outro advogado e que iriam apresentá-lo”.

Em manifesto divulgado à imprensa na segunda-feira, a companhia afirma que, no e-mail endereçado à Odebrecht, a palavra “sobrepreço nada tem a ver com superfaturamento, ou qualquer irregularidade. Representa apenas a remuneração contratual que a empresa propôs à Sete Brasil”.

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