Tal qual o arqueiro que eleva a mira para acertar o alvo na mosca, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) anunciou esta semana sua disposição de concorrer à Presidência da República pelo PMDB.
A tática do parlamentar é manter sob intenso fogo as privatizações e concessões de serviços públicos no governo de Dilma Rousseff, mas seu alvo preferencial é governo do Paraná.
Requião quer acumular forças para poder negociar com a direção nacional peemedebista, que inclusive já sinaliza com dissolução do diretório estadual caso não apresente candidatura própria à sucessão do governador Beto Richa (PSDB).
Há três hipóteses debatidas no PMDB do Paraná: 1- candidatura própria; 2- aliança com o PT de Gleisi Hoffmann; e 3- aliança com o PSDB de Richa (menos provável). A decisão só será tomada em convenção partidária.
Estrategista, o senador não caiu na provocação lançada ontem pelo petista André Vargas: Essa do Requião disputar a Presidência da República parece desistência do pleito de governador. Requião afrouxar o sutiã? Tô surpreso!!.
A candidatura própria do PMDB causa certas dúvidas no PT, que se debruça nas pesquisas. Há uma ala petista que acredita ser fundamental um terceiro nome para provocar o segundo turno das eleições estaduais. Outra começa ver com bons olhos um “chapão” para derrotar Richa, já no primeiro turno, em uma espécie de “Fla-Flu” eleitoral.
Além de Requião, quem está de olho na vaga de candidato ao Palácio Iguaçu é o ex-governador Orlando Pessuti, que vem colando sua imagem a da ministra Gleisi Hoffmann. Há quem diga que o secretário-geral do partido esteja mesmo sonhando com a vice da petista.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.