Cai secretário de Beto Richa investigado pela Polícia Federal

Alípio Leal, ex-secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, pediu para deixar o cargo; o governador Beto Richa aceitou o pedido de demissão; saída acontece um dia após revelação de irregularidades no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no período em que ele era reitor, entre 2009 e 2011, segundo investigações da PF.
Alípio Leal, ex-secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, pediu para deixar o cargo; o governador Beto Richa aceitou o pedido de demissão; saída acontece um dia após revelação de irregularidades no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no período em que ele era reitor, entre 2009 e 2011, segundo investigações da PF.
da Gazeta do Povo

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, foi exonerado nesta sexta-feira (9) pelo governador Beto Richa. O pedido de exoneração partiu do próprio Alípio Leal. Ele deixa o cargo um dia após a revelação de supostas irregularidades no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná (IFPR), do qual ele foi reitor entre 2009 e 2011.

Na quinta-feira (8), a Operação Sinapse da Polícia Federal (PF) prendeu 18 pessoas acusadas de envolvimento em esquema que teria desviado pelo menos R$ 6,6 milhões. Três dos presos eram professores da entidade.

De acordo com a PF, o desvio envolvia funcionários do instituto e de duas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) com sede em Curitiba. Por causa das revelações, o atual reitor do IFPR, Irineu Colombo, será afastado temporariamente do cargo a partir da próxima segunda-feira (12). Segundo o reitor, as irregularidades haviam sido encontradas por ele próprio assim que assumiu a reitoria, em junho de 2011, e, por isso, teria pedido uma investigação da Controladoria Geral da União (CGU) na entidade de ensino.

Esquema

Até agora, foram constatadas irregularidades na contratação dos três servidores presos, que teriam conseguido o emprego sem ter passado por um processo efetivo de seleção, e nos serviços prestados pelas Oscips, detentoras de um termo de parceria no valor de R$ 20 milhões para impressão de livros, mas que teriam sido contratadas sem licitação.

Economia

De acordo com a investigação, o grupo usava contratos falsos e fazia prestação de contas que, na verdade, não existiam de modo a mascarar as atividades criminosas. Funcionários do IFPR e das Oscips também teriam recebido propina. Os integrantes da quadrilha devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes da lei de licitações.

A Polícia Federal pediu à  Justiça a apreensão de 30 carros que eram utilizados por membros da quadrilha, mas foi concedida a autorização para sequestrar apenas três desses veículos. São eles um Porsche Cayman, um Range Rover e um Mercedes Benz.

Estão na lista de trabalhos dos policiais como parte da operação ainda o cumprimento de 10 mandados de condução coercitiva! (quando a pessoa é forçada a depor na instituição policial) e 43 de busca e apreensão.

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