Um seleto grupo de servidores da Câmara Municipal de Curitiba, cujos salários giram em torno de R$ 26 mil por mês, estaria pressionando o prefeito Gustavo Fruet (PDT) para que eleve seu próprio salário a R$ 28.059,29, de acordo com o teto estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde janeiro de 2013.
Se o prefeito concordar em autoconceder-se o “reajustão”, concomitantemente, esses sortudos funcionários do legislativo também seriam beneficiados.
Atualmente, o salário do prefeito curitibano tem como parâmetro o teto anterior do STF, de R$ 26.723,13, mas Fruet devolve 30% do que ganha a entidades de caridade. Com isso, o salário bruto do prefeito cai para R$ 18.706,19. O valor líquido, aquele efetivamente recebido, é de R$ 12.284,58.
Na Câmara, 22 servidores ganham acima de 28 mil reais por conta de benefícios acumulados ao longo dos anos. Mas eles têm os salários reduzidos ao teto do salário bruto do prefeito de R$ 26,7 mil. Uma pena, é de dar dó!
Se Fruet reajustar o próprio salário, entretanto, esses servidores do legislativo podem abocanhar o valor cheio equivalente ao salário de um ministro do STF.
A lei é clara: nenhum servidor municipal pode ganhar mais que o prefeito; e, o prefeito não pode ganhar mais que um ministro do STF.
Será que Gustavo Fruet cederá à pressão dos marajás e reajustará seu próprio salário, criando efeito cascata em todos os supersalários do funcionalismo municipal? A conferir.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.