Funcionários da Sanepar planejam greve

via Saemac

Os saneparianos estão sem Acordo Coletivo de Trabalho desde o dia 28 de fevereiro e a empresa, depois de divulgar um aumento de 83% no lucro em 2011 se recusa a oferecer uma proposta digna à  esses trabalhadores, que atualmente aparecem no ranking de piores salários entre as empresas de saneamento do Brasil e demais empresas do Paraná.

As tentativas de negociação do ACT tiveram início dia 13 de janeiro deste ano, quando a pauta de reivindicações foi protocolizada. Apenas no dia 23 de fevereiro a empresa convocou o sindicato para uma reunião. Porém, nenhuma proposta foi apresentada nesta reunião.

O foco da atual diretoria, que por sinal é extremamente demagoga e nada prática, é o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) que não tem nada concreto e ninguém sabe ao certo como funcionará. Acreditamos que isso seja apenas uma estratégia para tirar o foco do ACT.

Somente no dia 14 de março, a Sanepar agendou reunião com os sindicatos e apresentou a primeira proposta: correção salarial pelo INPC (5,47%) – o que é garantido por lei; + 1% de aumento real.

O que fica difícil compreender é a disparidade existente entre o lucro da empresa (83% – 249 milhões), o reajuste tarifário (acumulado em 32,5% em dois anos) e a proposta humilhante de apenas 1% de reajuste aos trabalhadores, que afinal são os responsáveis diretos pelo lucro da Sanepar.

Economia

Logicamente, a 1!ª proposta foi rejeitada. Porém, as que se sucederam em nada avançaram.

Impressiona o fato do diretor-presidente da Sanepar discursar aos quatro cantos sobre a valorização do quadro funcional e não reverter suas palavras em ações concretas (R$) aos funcionários (leia mais sobre isso aqui). Além do mais, temos informações de que ele estaria se licenciando do cargo para coordenar a campanha do Luciano Ducci em Curitiba. Seria a Sanepar apenas um trampolim político para o Fernando Ghignone?

Depois da 1!ª rejeição, a Sanepar novamente convocou os sindicatos para uma rodada de negociação no dia 10 de abril e apresentou nova proposta, melhorando (pasmem) em 1%. Agora o aumento real oferecido por ela foi de 2%.

Não bastasse apresentar uma proposta descabida como esta, a empresa ainda publicou em sua Intranet informações distorcidas, a fim de ludibriar, enganar e iludir os trabalhadores, vendendo aquilo que não vai entregar.

Cansados das atitudes da Sanepar, os sindicatos elaboraram nova pauta, com reivindicações mínimas que deveriam ser atendidas, como a reposição de perdas salariais retroativas, acumuladas em 18,38%. De nada adiantou… O diretor administrativo da empresa, Antonio Hallage, “refutou” os argumentos apresentados pelo sindicato e não melhorou a 3!ª proposta.

Sabemos que os serviços prestados por todos os saneparianos são vitais e, por esse motivo, a greve é nossa última opção. Diante disso, estaremos solicitando a interferência do governador Beto Richa em nossas negociações.

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