CPI do Cachoeira: peemedebistas e tucanos se digladiam no Paraná

Deputados João Arruda (PMDB) e Fernando Francischini (PSDB) se enfrentam no PR.
O deputado federal Fernando Francischini, do PSDB, não gostou nem um pouco da informação distribuída pelo colega de parlamento João Arruda, do PMDB, sobrinho do senador Roberto Requião, relacionando seu correligionário de ninho e governador do Paraná, Beto Richa, à  Delta Construções e à  quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

De acordo com Arruda, quando Richa era prefeito de Curitiba, em 2006, assinou contrato com a Delta Construções no valor de R$ 53 milhões para a construção do lote 1 da Linha Verde. Para ele, isso já seria motivo suficiente para convocar o governador tucano para depor na CPI do Cachoeira.

Fiel escudeiro de Richa, o deputado Francischini partiu para o contra-ataque. Ele adiantou que encaminhará ao governo do Paraná na segunda-feira um requerimento pedindo informações sobre os motivos da demora para extinguir a Serlopar (Serviço de Loterias do Paraná), em 2003, durante o governo de Requião.

Acho estranho o então governador ter detonado todas as loterias e bingos no Paraná, mas manteve apenas o contrato da Larami pelo período de 16 meses. A empresa em questão tem como sócios Roberto Coppola e o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Será que esse “relaxamento” tem a ver com visita do Cachoeira no Palácio Iguaçu? Pretendia deixar o bicheiro sem concorrência?!, provoca Francischini, que ainda emendou: Expliquem isso aí, Arruda e Requião!.

Arruda defende o tio. Segundo ele, no primeiro mês de governo Requião baixou um decreto acabando com as resoluções do Cid Campelo, hoje advogado de Beto Richa. Nas trocas de e-mails, monitoradas pela Polícia Federal, ficou claro que a quadrilha de Cachoeira odiava o Requião e amava Richa!, devolveu o sobrinho.

Economia

Richa foi envolvido no imbróglio pelo senador Requião que, em pronunciamento no Senado (veja o vídeo), acusou o tucano de ter recebido representantes da máfia de Cachoeira cinco dias depois de eleito (2010). Por meio de nota oficial e pelo Twitter, Richa negou as denúncias: Acusação descabida, injusta e infundada!.

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