Folha.com
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, negou nesta quinta-feira que deixará o cargo para assumir a presidência brasileira da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional.
“Isso é fofoca”, reagiu ao ser questionado sobre o assunto, pouco antes de participar de um teste de transmissão de uma nova frequência de telefonia em Morretes, no Paraná.
“Alguém está falando nisso e deve ter algum motivo”, acrescentou.
A usina de Itaipu é comandada desde 2003 por Jorge Samek, um dos cotados para concorrer à Prefeitura de Foz do Iguaçu pelo PT. A possibilidade da troca veio à tona em janeiro e a mudança faria parte da reforma ministerial.
Samek, que transferiu seu domicílio eleitoral para Foz do Iguaçu, aguardava uma decisão da presidente Dilma Rousseff para lançar-se à disputa.
O plano reforçaria a presença do partido no Paraná. “Não sei se vai ter mudança em Itaipu”, disse Bernardo, que conversou com o colega de partido sobre o assunto e, segundo o ministro, não houve confirmação da candidatura.
“Acho que se ele sair, a presidente [Dilma Rousseff] vai por alguém técnico lá”, disse.
Questionado se poderia ajudar na campanha petista paranaense estando em Itaipu, ele reagiu com irritação. “Itaipu não é comitê de campanha. à‰ um raciocínio espúrio”.
Apesar de ser do Paraná, disse que a família dele está em Brasília e sair de lá seria “penoso”. Bernardo é casado com Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil e que já trabalhou como diretora financeira em Itaipu.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.