100 mil gregos vão à s ruas contra projeto neoliberal da UE e FMI

da AFP

Manifestantes e policiais entraram em confronto. Foto: Reuters.
Cerca de 80.000 pessoas protestaram neste domingo à  noite em Atenas e 20 mil em Tessalônica (norte) contra as medidas de rigor ditadas por UE e FMI, que serão votadas pelos deputados à  meia noite local no Parlamento, informaram fontes policiais.

Em Atenas, dezenas de milhares de pessoas começaram a se dirigir à s 15h00 GMT (13h00 de Brasília) à  praça Sintagma diante do Parlamento, e horas depois continuavam no local apesar de a polícia ter lançado bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

Na capital, seis pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas, durante confrontos entre forças antidistúrbios e grupos de jovens nas ruas adjacentes à  praça Sintagma, segundo fontes do Ministério da Saúde.

Os incidentes ocorreram quando um grupo de manifestantes pressionou para romper um cordão policial colocado em torno da Assembleia Nacional, e a polícia respondeu imediatamente lançando bombas de gás, segundo as imagens divulgadas pelo portal Zugla.

O objetivo dos manifestantes é expressar sua rejeição à  adoção do novo plano de ajuste, exigido por UE e FMI para manter a ajuda financeira ao país e assegurar sua permanência na Zona Euro.

Economia

IMAGENS: Veja fotos dos protestos na Grécia

“Não é fácil viver nestas condições. De agora até 2020 seremos escravos dos alemães”, disse à  AFP Andréas Maragoudakis, engenheiro de 49 anos.

Parlamento vota plano de austeridade

O presidente do parlamento grego, Philippos Petsalnikos, abriu neste domingo (12) à s 12h30 (horário de Lisboa) o debate parlamentar sobre o novo plano grego de resgate, cuja adoção é exigida pelos credores internacionais para impedir a derrota e manter Atenas no euro.

Em um debate convocado com caráter de urgência, o parlamento, onde o governo de coligação socialista-conservador de Lucas Papademos detém uma maioria teórica de 236 votos em 300 possíveis, deve votar por volta da meia-noite (22h em Lisboa) o projeto de lei.

O novo plano de austeridade prevê, entre outras medidas, o despedimento de 15 mil servidores públicos até ao final do ano (150 mil até 2015), uma redução de 22% do salário mínimo, que deverá situar-se perto dos 500 euros, e a liberalização das leis laborais.

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