Quase não se viu jovens nas ruas, neste domingo (26), em apoio ao juiz Sérgio Moro e à Lava Jato.
Os protestos de hoje foram murchos e não tiveram — como dantes — a alegria contagiante de moças e moços.
Um dos motivos da baixa adesão da juventude ao protesto de hoje tem a ver com a recessão econômica.
Historicamente, os primeiros a sentirem os efeitos da crise sempre foram os jovens — e agora não é diferente.
A juventude brasileira descobriu que foi usada para derrubar uma presidente eleita por golpistas com o intuito de retirar direitos dos trabalhadores, das mulheres, dos velhos e da própria mocidade.
A recessão obriga os jovens anteciparem a entrada no mercado de trabalho, mas, em virtude da depressão econômica, batem com a cara na porta.
Além disso, o golpe atinge a juventude os cortes orçamentários e ameaça de privatização das universidades públicas; aumento das taxas de mensalidades nas universidades privadas, cortes no Fies, dentre outras maldades.
Manifestações foram um fiasco em todo o país
Os coxinhas passaram vergonha em todo o país. Em Curitiba, apenas 500 foram atrás dos caminhões de som. Pela manhã, a mesma Praça Santos Andrade (UFPR) testemunhou concentração de mais mulheres da CUT, que pedalaram pelas ruas da capital paranaense, em comparação ao protesto desta tarde em apoio à Lava Jato.
O declínio no apoio popular foi reconhecido até pelo próprio juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, ao gravar um vídeo na semana passada pedindo para que o povo não o deixasse só.
A “República de Curitiba” — convertida recentemente a capital da carne podre — também deverá repetir o fiasco de todo o país.
Desde o começo deste ano, na capital da carne podre, foram ao menos quatro tentativas de manifestação em apoio a Moro. Eles juntaram 20, 15, 30, 10 pessoas respectivamente.
Acordados da anestesia geral, os brasileiros perceberam que o golpe e o “combatem à corrupção” eram pretexto para tirar direitos dos trabalhos e aumentar o desemprego.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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