Toma lá dá cá acima de todos, por Requião Filho

Por Requião Filho*

  • Como a compra de uma vacina virou mais um escândalo nacional

A situação é grave, cada vez mais escancarada e o povo se esbalda dando gargalhadas na internet. De um lado, os que apoiam as trapalhadas do atual presidente, de outro, os que sofrem com suas decisões descabidas e megalomaníacas. Atos públicos que envergonham a sociedade, transformados em stand-up Comedy nos grupos de zap zap alimentados pelo Gabinete do Ódio. Mais de meio milhão de pessoas morreram, enquanto meia dúzia de anarquistas escancaravam o que há de pior no brasileiro; a falta de empatia ou qualquer preocupação social.

O Governo desse presidente antivacina fez tudo errado! Além de torcer pela contaminação em massa, tentou comprar doses de um imunizante, sem qualquer comprovação da sua eficácia, por um valor superfaturado. Segundo apurado pela CPI da Covid, o Brasil teria negociado a vacina indiana por um valor 1.000% maior do que o praticado pelo próprio laboratório. De U$ 1,34 a dose, o Brasil compraria por U$ 15,00 a dose, mais cara que os imunizantes da Pfizer e da Janssen.

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O Ministério da Saúde fechou a contratação, em 25 de fevereiro, de 20 milhões de doses da polêmica Covaxin, antes de assinar com a Pfizer e com a Janssen, por US$ 10 a dose, sendo que estas duas fabricantes concluíram com sucesso todas as fases de seus imunizantes, enquanto que a empresa indiana ainda se encontrava na última etapa.

Não se pode deixar de mencionar que, segundo indica a mídia, o governo indiano pagou entre 206 e 295 rúpias por dose, que pela cotação do mês de março, equivaleria a faixa de R$ 15,70 a R$ 23,15, enquanto o Ministério da Saúde brasileiro teria pago pelo menos 249,6% mais caro.

E este pode ser apenas o fio para desvendar outra série de fatos, a serem esclarecidos aqui no Paraná. Afinal, o que aconteceu com a nossa produção de Sputnik V? Por que desistiram dela tão de repente? Agora surgem outras denúncias no cenário nacional que acendem o sinal de alerta e podem indicar o fio condutor desse emaranhado de mistérios… Um certo deputado federal paranaense, que teria indicado o autor das negociações para um cargo no Governo Federal, e que agora, supõem-se que também estaria por trás da súbita desistência do Paraná na fabricação da vacina russa. Será?

Economia

Os mistérios que cercam a compra das vacinas tomam os noticiários, enquanto a venda da Eletrobrás vai caminhando livremente, os aumentos nas contas de luz sendo lançados consecutivamente, e o país dando risada e viralizando novos memes sobre a grosseria do “mito” com mais uma jornalista, ou tirando a máscara de um garotinho no meio da multidão, ou passeando de moto em terras de “Nárnia catarinense”. Triste realidade a nossa!

*Requião Filho, advogado, é deputado estadual pelo MDB do Paraná.