O presidente da Conferência, André Corrêa do Lago, reforçou, em Plenária Informal de Avaliação nesta sexta (21), que as tratativas seguem para acelerar a implementação do Acordo de Paris
Na reta final das negociações na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), o presidente do evento, André Corrêa do Lago, destacou, na manhã desta sexta-feira (21/11), que as tratativas caminham “para três principais objetivos: fortalecer o multilateralismo; conectar esse processo às pessoas; e acelerar a implementação do Acordo de Paris”.
Para o presidente da COP de Belém, este consenso tem sido um desafio. “Nós sabemos que é um desafio considerável, porque em casa nossos governos enfrentam todo tipo de pressão. Pressões eleitorais, pressões vindas das fake news, pressões das populações que se sentem frustradas por estarmos já há 30 anos, 30 COPs, e as pessoas não sentem este regime tocar a vida delas na prática”, ponderou.
Os esforços para uma integração climática global seguem e Corrêa do Lago reforça que o momento é de cooperação internacional. “Só podemos fortalecer o Acordo de Paris se tivermos consenso em Belém. Então, não vamos reforçar essa divisão agora, nos momentos que temos para alcançar um acordo. Precisamos preservar este regime”, afirmou.
Mas precisamos preservar este regime com espírito de cooperação, não com espírito de quem vai ganhar ou perder. Porque sabemos que, com o Acordo de Paris, pelo qual lutamos tanto todos esses anos, se não o fortalecermos, todos perderão. Todos perderão”, alertou o presidente da COP 30.
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O Acordo de Paris é um tratado global, adotado durante a 21ª Conferência das Partes (COP 21), em 2015. Esse acordo rege medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a partir de 2020, e tem por objetivos fortalecer a resposta à ameaça da mudança do clima e reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos gerados por essa mudança.
O rascunho da carta final da COP 30, divulgado no início da semana, reforça que a meta estabelecida no Acordo de Paris, em 2015, segue em pauta, mas exige esforços, sobretudo no que diz respeito ao fim dos combustíveis fósseis. O texto reforça que limitar o aquecimento a 1,5°C depende de novo pacto global baseado em equidade. Em especial, destaca que países historicamente responsáveis pelas emissões precisam aumentar suas metas e prover recursos financeiros acessíveis e adequados.
“Mas todos sabemos quantos obstáculos existem para transformar palavras em prática. E, também sabemos como é difícil alcançar consenso. Mas nunca podemos esquecer que o mesmo consenso que às vezes exaspera analistas, exaspera delegados, exaspera tanta gente, é a força deste regime. O fato de alcançarmos consenso é uma enorme força”, afirmou Corrêa do Lago.
Temos também que mostrar nesta COP que o consenso é uma força”, destacou Corrêa do Lago.
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