Caracas desmonta narrativa dos EUA sobre operação de resgate

O governo da Venezuela e a comunidade internacional estão ridicularizando a narrativa dos Estados Unidos sobre uma suposta operação de resgate na embaixada argentina em Caracas. O que a imprensa americana, como o Miami Herald, descreveu como uma “missão cinematográfica” foi, na verdade, um acordo diplomático autorizado pelo governo de Nicolás Maduro.

A versão heroica, promovida por Washington e reverberada por veículos de mídia tradicionais, como a TV Globo no Brasil, retrata a saída de cinco opositores venezuelanos da embaixada como um resgate dramático. No entanto, a realidade aponta para uma negociação direta, confirmada inclusive pelo jornalista venezuelano Vladimir Villegas. Segundo ele, “negociar não é trair”.

Na quarta-feira (7), o Blog do Esmael informou seus leitores — praticamente em primeira mão — a versão mais crível de que Maduro concedeu salvo-conduto para opositores deixarem a Venezuela. Ou seja, a velha mídia brasileira atropelou a verdade factual devido sua cega paixão ideológica anti-Caracas.

O episódio ganhou contornos de ficção política. Diosdado Cabello, Ministro do Interior da Venezuela, ironizou a história, comparando-a a um enredo de “Missão Impossível”. “Eles alegam que estavam cercados, sem acesso a água ou eletricidade, mas sempre tiveram liberdade de sair pela porta da frente”, afirmou Cabello em seu programa “Con el Mazo Dando”.

A suposta operação de resgate foi anunciada por autoridades americanas como uma vitória diplomática, com o Secretário de Estado Marco Rubio agradecendo aos “heróis” envolvidos. Contudo, fontes venezuelanas desmentem qualquer envolvimento militar estrangeiro e reforçam que se tratou de uma saída acordada.

O episódio revela mais do que apenas uma disputa narrativa. Ele escancara a estratégia dos EUA de utilizar episódios como esse para reforçar sua narrativa de confronto com o governo Maduro. Ao mesmo tempo, expõe o uso da mídia para criar percepções manipuladas, ignorando a complexidade diplomática do caso.

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A verdade é que os cinco opositores estavam na embaixada argentina, que operava sob proteção brasileira após a expulsão dos diplomatas argentinos da Venezuela. O acordo foi mediado para garantir a saída segura dos envolvidos, sem necessidade de um “resgate” heroico.

A versão dos EUA sobre o “resgate” na embaixada em Caracas não passa de ficção política. O episódio, inflado por interesses geopolíticos e manipulação midiática, é mais um exemplo de como a narrativa pode ser distorcida para atender a agendas específicas.

Acompanhe o Blog do Esmael para seguir de perto os bastidores da política internacional, com análise crítica e informações diretas da fonte — sem o horror da manipulação da velha mídia corporativa.

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