Moro tenta expulsar Francischini do União Progressista, enfrenta Barros e Bolsonaro

Bolsonaro chorou ao saber que Moro articula uma proposta de anistia para os golpistas do 8 de Janeiro — sem incluí-lo na negociação

No jogo bruto do poder, Sergio Moro (União-PR) mostra que ainda sabe bater sem deixar marcas visíveis. O senador paranaense, que já foi juiz, ministro e pré-candidato à Presidência, agora mira alto dentro do União Progressista, a federação recém-criada entre União Brasil e PP. O alvo da vez? Felipe Francischini, deputado federal e filho do ex-deputado Delegado Francischini (Solidariedade).

Briga interna: Moro quer expurgo no partido

Segundo fontes do Blog do Esmael, Moro trabalha nos bastidores para expulsar Francischini da liderança estadual do União no Paraná. Isso mesmo: o senador quer passar o rodo na estrutura do partido visando a disputa pelo Palácio Iguaçu.

Para Moro, Felipe não representa os interesses da ala lavajatista da sigla. Além disso, há uma disputa velada por protagonismo dentro da federação, que agora é a maior força política no Congresso Nacional com 109 deputados e 14 senadores.

Barros, a pedra no sapato de Moro

Mas não para por aí. Moro também quer desbancar Ricardo Barros, deputado federal e figurão do PP, da presidência da novíssima federação União Progressista. O problema é que Barros não nasceu ontem — tem décadas de estrada, influência e uma máquina partidária a seu favor.

O contra-ataque já começou: Barros incentivou sua esposa, a ex-governadora Cida Borghetti (PP), a se lançar pré-candidata ao governo do Paraná em 2026, justamente para furar o balão de Moro, que sonha ocupar a cadeira do governador Ratinho Júnior (PSD).

Perguntada se aceitaria Moro como vice em sua chapa, Borghetti preferiu não responder ao Blog do Esmael.

Federação com força de tsunami

A União Progressista não é só uma federação de fachada. Ela é um verdadeiro rolo compressor político. Em Curitiba, são 7 vereadores. Na Assembleia Legislativa do Paraná, 15 deputados estaduais — só perde para o PSD do governador Ratinho Junior, que tem 16.

Ou seja, Moro está mexendo num vespeiro que pode picá-lo de volta, e sem anestesia.

A superfederação União Progressista ainda tem 10 deputados federais pelo Paraná.

Anistia sem Bolsonaro: a facada final?

E como se não bastasse o clima de guerra com Francischini e Barros, Moro ainda conseguiu desagradar seu ex-chefe Jair Bolsonaro. O Blog do Esmael apurou que o ex-presidente, internado em hospital, chorou ao saber que Moro articula uma proposta de anistia para os golpistas do 8 de Janeiro — sem incluí-lo na negociação.

Sim, você leu certo. Moro foi escalado por Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado e aliado na União Progressista, para negociar com o Supremo uma saída política para os presos do 8J. Mas parece que esqueceu de avisar o “mito”.

Sergio Moro, União Progressista e a briga pelo poder

Quem é o alvo principal de Sergio Moro dentro do União Progressista?

O senador deseja retirar Felipe Francischini da liderança estadual do União no Paraná.

Ricardo Barros está envolvido nessa disputa?

Sim. Moro também quer afastar Barros da presidência da federação. Barros reagiu incentivando a pré-candidatura de sua esposa ao governo do PR.

O que é a União Progressista?

É a federação entre PP e União Brasil. Juntas, as siglas somam 109 deputados e 14 senadores.

Bolsonaro foi excluído da proposta de anistia?

Segundo fontes do Blog do Esmael, Moro não inclui Bolsonaro nas articulações da nova proposta de anistia negociada com o STF.

Qual a força da União Progressista no Paraná?

A federação possui 10 deputados federais, 15 deputados estaduais, 7 vereadores em Curitiba e grande influência nas articulações locais.

Moro arrisca tudo em briga com aliados e ex-chefe

O ex-juiz da Lava Jato parece querer comandar a política paranaense como comandava sua 13ª Vara em Curitiba: com autoridade total. Mas os bastidores do poder são diferentes das audiências da Justiça Federal. Aqui, quem manda mesmo é o voto, a costura política — e a capacidade de formar alianças duradouras.

Sergio Moro caminha sobre ovos. E os ovos são de cobras.

Se continuar nessa toada, pode sair da política da mesma forma como deixou a magistratura: isolado, desgastado e traído por quem menos esperava.

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