Jornal Nacional, da Globo, se une a Bolsonaro contra professores

A Globo faz coro com o presidente Jair Bolsonaro segundo qual os professores não querem trabalhar, por isso resistem à volta às aulas presenciais.

Os educadores afirmam que só retornarão às salas de aula, presencialmente, quando houver segurança para eles e para os alunos. Alegam que é preciso ocorrer a vacinação antes da normalização das aulas.

O Jornal Nacional, da Globo, vai bater na tecla hoje (18) à noite da queda dos casos de covid-19 e da volta às aulas em São Paulo, a partir de 7 de outubro, da educação infantil ao ensino superior nas redes públicas e privadas.

Em sua live desta quinta-feira (17), Bolsonaro atacou os educadores repetindo como se fosse um mantra o mesmo texto da Globo:

“É inadmissível. Já perdemos um ano letivo”, disse o presidente. “Nós somos o país que tem o maior número de dias da molecada sem aula. Hoje, mandei uma mensagem para o ministro Milton, da Educação, pra ele se preparar e começar a orientar, já que a decisão não é nossa. É dos governadores e de prefeitos. Para que se volte às aulas no Brasil”, completou.

Para o presidente Jair Bolsonaro, o sindicato dos educadores, que é de esquerda, segundo ele, está achando “muito bom” ficar em casa.

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“Por outro lado, fica vindo sindicato dos professores… o pessoal deveria saber como é composta a ideologia dos sindicatos de professores do Brasil. É um pessoal de esquerda radical. Para eles, está muito bom o pessoal ficar em casa”, atacou.

Por sua vez, os professores responderam a covarde agressão do presidente da República. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) classificou os ataques de Bolsonaro um “disparate” contra o magistério brasileiro.

“Exigimos que você respeite esse povo, a classe trabalhadora, as professoras e professores do nosso país”, disse o presidente da CNTE, Heleno Araújo.

O dirigente do CNTE afirmou que Jair Bolsonaro faz um trabalho negativo e pediu que ele renuncie ao cargo em respeito aos professores e professoras deste país.

O Brasil tem 4.495.183 casos e 135.793 mortes por covid-19 nesta sexta-feira (18), informa o Ministério da Saúde.

Assista ao vídeo:

Moro é intimado para depor contra Bolsonaro no inquérito das fake news

O ex-juiz Sérgio Moro foi intimado nesta sexta-feira (18) para depor na Polícia Federal contra os movimentos bolsonaristas considerados antidemocráticos.

A informação é do advogado Rodrigo Sánchez Rios, que representa o ex-juiz da Lava Jato.

Moro vai depor como testemunha no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a organização e o financiamento de supostos atos antidemocráticos.

Esses movimentos de extrema direita apoiam o presidente Jair Bolsonaro e suas ações beneficiaram o inquilino do Palácio do Planalto.

Trata-se do inquérito das fake news surgido após críticas de bolsonaristas a ministros do STF e do Congresso Nacional.

“A oitiva é motivada em razão de ele ter ocupado, à época dos fatos, a titularidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, esclareceu Sánchez Rios.

O depoimento irá ocorrer daqui duas semanas, no dia 2 de outubro, na superintendência da Polícia Federal de Curitiba.

Os jornalões da velha mídia corporativa querem pegar uma carona no inquérito do Supremo para criminalizar publicações de extrema direita, que, de acordo com a Constituição, têm direito à liberdade de expressão.

Para Globo, Folha, Estadão e demais veículos da velha mídia, a criminalização –rotulando todas as opiniões como “fake news” dissonantes– sobraria mais dinheiro do governo para eles.

O que a velha mídia chama de “fake news”, na esperteza, o Blog do Esmael considera tentativa de “censura” àqueles que fazem contraposição ao status quo, à ditadura da opinião única.