O presidente colombiano Gustavo Petro desembarcou em Pequim nesta segunda-feira (12), onde participará do Fórum China-CELAC e se reunirá com o presidente Xi Jinping. A visita, que se estenderá até o dia 17 de maio, é estratégica para aprofundar os laços diplomáticos e econômicos entre a Colômbia e o gigante asiático.
Durante a visita, Petro deve assinar diversos acordos comerciais e explorar um pacto de intenção para que a Colômbia integre a iniciativa chinesa das Novas Rotas da Seda. O presidente colombiano destacou que deseja discutir com Pequim questões relacionadas ao “diálogo entre civilizações” e promover a inserção da América Latina no cenário global.
“Quero conversar com os chineses sobre o diálogo entre civilizações, que a América Latina deve recorrer ao mundo e sobre a Colômbia, obviamente, assinar vários tratados comerciais”, afirmou Petro em 21 de abril.
Petro lidera a Colômbia, que atualmente ocupa a presidência rotativa da CELAC. O encontro em Pequim contará com a presença de outros dois chefes de Estado latino-americanos: Gabriel Boric, do Chile, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil. A reunião reafirma o compromisso da região com o multilateralismo e a construção de alianças estratégicas para o desenvolvimento sustentável.
No plano econômico, um dos principais pontos da agenda de Petro com Xi Jinping será o desequilíbrio na balança comercial entre os dois países. Em 2024, a Colômbia exportou US$ 2,37 bilhões para a China, enquanto importou US$ 15,93 bilhões, gerando um déficit significativo.
“Não queremos um diálogo de joelhos. Queremos entender por que temos um déficit de US$ 14 bilhões anualmente”, destacou Petro antes de embarcar para Pequim.
A aproximação da Colômbia com a China ocorre em um momento de pressão dos Estados Unidos para que países latino-americanos reduzam sua dependência de Pequim. O governo Biden tem adotado uma política de contenção da influência chinesa na região, o que torna a visita de Petro ainda mais simbólica.
A visita de Gustavo Petro à China reforça a busca da Colômbia por diversificar suas parcerias internacionais, promovendo o multilateralismo e fortalecendo os laços com uma das principais economias do mundo. No entanto, o desafio de equilibrar as relações com Estados Unidos e China permanece uma constante para a diplomacia colombiana.
Essa estratégia de política externa evidencia o esforço de Petro em reposicionar a Colômbia no cenário global, apostando em alianças estratégicas e na defesa dos interesses nacionais.