Gleisi acelera articulação no Paraná, defende Lula e pauta fim da escala 6×1

A agenda intensa da ministra Gleisi Hoffmann movimentou o Paraná e empurrou para o centro do debate político o fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho e a construção de um palanque sólido para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. Em vibrantes encontros com sindicatos, movimentos populares, educadores e lideranças partidárias, Gleisi reforçou o legado do governo federal, defendeu a reeleição do presidente e reposicionou o estado na disputa nacional.

A ministra das Relações Institucionais abriu a tarde com líderes da UGT no Paraná, onde recebeu demandas de categorias diversas e avaliou o impacto das políticas federais. Ela lembrou que a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil só saiu graças à pressão organizada dos trabalhadores e das centrais sindicais.

Manassés Oliveira, presidente da UGT, entregou à ministra uma cópia da recente pesquisa da Paraná Pesquisas mostrando que 52% da população reconhece a importância dos sindicatos para defesa e conquista de direitos.

O encontro teve clima de mobilização. Federações como FECEP, Fetracoop, Fenarte, Vigilantes, Sigmuc e Sindacs apresentaram projetos e reivindicações voltadas ao fortalecimento da classe trabalhadora. A pauta mais sensível, no entanto, foi o fim da escala 6×1, bandeira que Gleisi tratou como política de Estado, associada à redução da jornada para 40 horas semanais sem perda salarial.

A ministra seguiu para um ato ampliado no Sindicato dos Bancários de Curitiba. Ali, movimentos sociais, culturais, educadores e líderes do PT e partidos aliados fizeram um balanço das conquistas do governo federal e discutiram os rumos da disputa de 2026.

A participação do vereador curitibano Angelo Vanhoni e da superintendente Regional do Trabalho, Regina Cruz, ambos do PT, integrou-se a uma agenda plural e suprapartidária. O encontro reuniu sindicatos, movimentos sociais, educadores e representantes de diferentes tradições políticas, criando um ambiente de escuta ampliada. A celebração ficou por conta da apresentação da Escola de Samba Rosa do Povo, que reforçou o tom popular do ato.

Ministra Gleisi Hoffmann se reuniu com movimentos populares em Curitiba. Fotos: Blog do Esmael/divulgação Vanhoni

Gleisi situou o Paraná como peça estratégica no mapa eleitoral do ano que vem. Ela vem articulando um palanque com o pré-candidato ao governo Requião Filho (PDT), que agrega apoio da Federação Brasil da Esperança e setores organizados da esquerda. A construção dessa frente estadual busca ancorar o desempenho de Lula no estado, terreno historicamente difícil para o PT.

A ministra, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, projeta Requião Filho no segundo turno no Paraná e trabalha para assegurar uma vaga no Senado, onde o PT pode lançar o diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri.

Na noite de sexta-feira, Gleisi Hoffmann participou em Ponta Grossa do lançamento de Melodia de Uvaranas, livro de estreia do ex-prefeito e ex-deputado Péricles de Holleben Mello, em um evento que reuniu lideranças políticas, acadêmicos, artistas e a comunidade no Cine-Teatro Ópera.

A presença da ministra deu peso institucional ao lançamento, publicado pela Editora UEPG e apresentado pelo escritor e reitor Miguel Sanches Neto, antes de ela retornar à capital paranaense.

Neste sábado (6), no Sindipetro, os diálogos seguem com reuniões internas do PT e a preparação do Planejamento Estratégico do partido em Curitiba.

Segundo dirigentes locais, a visita da ministra devolveu ânimo à militância e reorganizou prioridades: defesa do trabalho digno, valorização da educação pública, fortalecimento da cultura e unidade em torno do projeto de reeleição do presidente Lula.

A passagem de Gleisi pelo Paraná mostrou que 2026 já começou. Ela adiantou debates, consolidou alianças e colocou os direitos trabalhistas no mesmo patamar da disputa nacional.

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UGT/Paraná Pesquisas apresenta à ministra Gleisi pesquisa sobre o mundo do trabalho. Foto: UGT-PR

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