Flávio Bolsonaro, no bico do corvo, depõe nesta segunda sobre vazamento de operação da PF

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) será ouvido nesta segunda-feira (20), em Brasília, pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele foi intimado para dar esclarecimentos sobre a investigação de um vazamento de uma das fases da Operação Furna da Onça, da Polícia Federal. O depoimento do parlamentar será às 14 horas.

Pela prerrogativa do cargo de senador da República, o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escolheu o horário e o local do depoimento.

O procedimento de investigação criminal apura as denúncias de vazamento da Operação Furna da Onça, em 2018.

A denúncia de vazamento foi feita pelo empresário Paulo Marinho, ex-aliado do senador.

A operação Furna da Onça investigou um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

De acordo o Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado, a operação ocorrida nas vésperas das eleições de 2018 foi vazada por um delegado.

Economia

O vazamento teria ajudado Flávio, que concorreu ao Senado, e o próprio presidente Bolsonaro.

De acordo com o denunciante, o ex-assessor Fabrício Queiroz e a filha foram informados de que teriam sido citados num relatório do antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Diante da iminente operação com prisões, na época, Queiroz desapareceu.

Na eleição de 2018, Flávio e Jair Bolsonaro foram eleitos.

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Flávio Dino planeja novo partido para enfrentar Bolsonaro, diz Globo

O jornal O Globo voltou a destacar o movimento do governador Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, que estaria planejando um novo partido político para disputar a Presidência da República em 2022.

Segundo a publicação desta segunda-feira (20), o governador vermelho estaria fazendo articulações com líderes de esquerda para fundar uma espécie de novo “MDB da esquerda” para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A reportagem revela que o novo “MDB da esquerda” –que seria uma frente ampla– virá à lume após as eleições municipais de novembro.

Na semana passada, o Globo publicizou um “namoro” entre Dino e o PSB. O governador não foi enfático em negar o relacionamento político com vistas às eleições de 2022.

Pela alquimia de Flávio Dino, o PSB e o PCdoB se fundiriam com setores de esquerda para criar o “MDB da esquerda” cujo projeto ainda reuniria o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), de acordo com O Globo.

Freixo estaria descontente com o PSOL, que queria sujeitá-lo à previa para a disputa da Prefeitura do Rio e, ainda conforme O Globo, ele não é bem visto no partido porque é amplo nas articulações com políticos de outras siglas como MDB, PSDB e DEM.

A construção dessa frente eleitoral de Dino começou com as lives da “Frente Ampla Direitos Já!”, que colocou na mesma live do governador do Maranhão o apresentador Luciano Huck, o ex-presidente FHC, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador Eduardo Leite (PSDB-RS), bem como setores do PT.

O Globo avalia que o projeto “MDB da esquerda” pode enfrentar resistências do PDT, de Ciro Gomes, e do PT, do ex-presidente Lula. Os dois partidos não abrem mão de encabeçar a disputa em 2022.

O jornal dos Marinho afirma que Flávio Dino espera um fragorosa derrota da esquerda nas eleições municipais vindouras, o que poderá vitaminar a criação do novo partido.

Mas a questão é a seguinte: se Bolsonaro e a esquerda são os candidatos a serem derrotados nas capitais, quem ocupará esse espaço político?