Entenda por que Bolsonaro “chifrou” manifestantes de domingo, dia 15 de março

Bolsominions foram “chifrados” pelo presidente Bolsonaro, que cancelou a manifestação do dia 15 de março.

Engole quem quer, até sem farinha, a história de que o coronavírus demoveu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dos protestos deste domingo, dia 15 de março.

O presidente usou sua live semanal nas redes sociais, mascarado, para desmobilizar o dia do “Foda-se” e também fez um pronunciamento em cadeia nacional de TV para desaconselhar o movimento contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

Bolsonaro “chifrou” os manifestantes de domingo porque quis preservar o próprio pescoço e o de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O presidente ficou sob a mira da espada do impeachment e o “Zero Três” encurralado pelo Conselho de Ética da Câmara, que o ameaçava de cassação. Eles deram causa para ficarem reféns do Congresso.

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Na disputa pelo orçamento da União, o Congresso se deu melhor e ficou com R$ 15 bilhões para deputados e senadores a título de “orçamento impositivo”. Com isso, a caneta do presidente da República perdeu muita tinta e poder influenciar nas bancadas (leia-se no Centrão).

Depois de resolvido seu ‘quinhão’, o deputados e senadores se recusam a continuar a votação –por linhas tortas– das desgraçadas reformas que quebraram a economia brasileira, jogaram milhões na miséria, ampliaram o desemprego, enfim.

Rodrigo Maia decretou o fim das reformas ao dizer que “a reforma administrativa não é parte dessa solução” para a crise econômica que assola o País.

Quanto aos bolsominions, coitados, foram usados pelos dois lados –governo e Congresso– que se acertaram e os deixaram chupando os dedos. Ou melhor, foram “chifrados” pelo presidente Bolsonaro.

Aliás, foi a deputada Janaina Paschoal (PSL-SP) quem sugeriu a Bolsonaro, há duas semanas, que cancelasse os protestos de domingo usando como desculpa o coronavírus.