Cenário pré-eleitoral em Curitiba para 2016 e o jogo sucessório de 2018

mosaico_politicaO prefeito Gustavo Fruet (PDT) retorna hoje do Vaticano, em Roma, onde, segundo a oposição, foi pedir perdão ao papa Francisco pela administração pífia que faz em Curitiba. Ao chegar, encontrará sobre a mesa um pedido de demissão do secretário da Saúde, Adriano Massuda, que antecipa discussão sobre a ruptura com o PT.

Fruet animou os adversários que estavam na encolha por que estão mal avaliado pelos curitibanos. É o caso do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) que não esconde de ninguém a vontade de retornar ao Palácio 29 de Março. Ele acredita encarnar como ninguém a figura de oposicionista à “gestão água de poço” do pedetista.

Quem também se assanhou bastante esta semana foi o deputado Requião Filho (PMDB) que, em sua coluna semanal no Blog do Esmael, comparou Fruet ao ex-prefeito paulistano Paulo Maluf (PP) “invertido”, ou seja, “não rouba, mas também não faz nada”, mesmo a cidade tendo urgências nas áreas da saúde e transporte, exemplificou.

Fruet quer trocar a companhia na chapa para 2016. Ele pode deixar a vice Mirian Gonçalves (PT) para associar-se ao PSC de Ratinho Júnior. Um dos nomes ventilados seria do ex-secretário da Educação Flávio Arns, que deixaria o PSDB. Em troca, se reeleito, o prefeito ficaria no cargo até 2018 quando sairia para concorrer ao Senado e apoiaria a pretensão de Ratinho de chegar ao Palácio Iguaçu.

Por causa dessa combinação, de acordo com os luas pretas do Centro Cívico, a candidatura de Requião Filho ganhará envergadura.

Fruet e Ratinho têm que combinar o jogo com outras tribos e times.

Economia

Há os times da vice-governadora Cida Borghetti (PROS), que quer ser reeleita governadora, e do governador Beto Richa (PSDB), que sonha com o Senado.

Também têm os caciques Ricardo Barros (PP), Roberto Requião (PMDB), Álvaro Dias (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT).

Fala-se numa vacina antiRatinho/Fruet, que seria um “acórdão” já em 2016 com possibilidade de repetir em 2018. Funcionaria mais ou menos assim: Requião Filho disputaria a Prefeitura de Curitiba com o apoio de Álvaro, Gleisi e Osmar.

Após o sucesso do deputado peemedebista, o senador Álvaro Dias migraria para disputar a Presidência da República pelo PSB; Requião pai tentaria retornar ao governo do Paraná pela quarta vez; Osmar e Gleisi formariam dupla para o Senado.

É claro que só falta combinar com os russos, isto é, com os eleitores.

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