Candidatos a prefeito se insurgem contra a falta de debates na televisão

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem um abacaxi do tamanho de um cometa para descascar com os candidatos a prefeito nas cidades que têm emissoras de televisão.

Os postulantes ao cargo de prefeito se insurgem contra o cancelamento de debates pelas emissoras de TV durante as eleições municipais de 2020.

A primeira a dizer que não irá promover o confronto televisivo foi a Globo, seguida do SBT e da Record. Agora foi a vez da RedeTV! comunicar a desistência.

O Blog do Esmael deu a informação em primeira mão da tática eleitoral das emissoras de televisão, que são concessões públicas, de não promover os tradicionais debates.

Com exceção da Band TV, que honrou com a tradição de realizar o primeiro debate na TV brasileira, as demais emissoras prestam um desserviço à democracia nesses tempos bicudos.

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Nesta quinta-feira (8), por exemplo, o candidato do PCdoB de São Paulo, Orlando Silva, protestou contra o cancelamento dos debates entre os candidatos a prefeito da maior cidade do Brasil.

Segundo o candidato da legenda vermelho, “beira a irresponsabilidade o boicote feito pelas emissoras de TV, exceção à Band, aos debates eleitorais em SP. É um desserviço à democracia que ajuda a eleger despreparados e poderosos. SP perde, BolsoMano agradece. Depois não adianta chorar em editoriais.”

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, ainda ontem (7) pediu providências do TSE em relação a esse ataque à democracia.

“Tá aí uma situação que o TSE devia intervir a bem das eleições”, pregou a dirigente petista. “Desserviço à democracia, são concessões públicas”, afirmou Gleisi Hoffmann.

A título de comparação, as emissoras de TV brasileiras cancelam debates entre candidatos enquanto nos EUA o confronto televisivo foi intensificado nesse período especial.