Bolsonaro indicou nome “terrivelmente evangélico” para o Supremo; saiba quem é

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bateu o martelo nesta terça-feira (6/7) sobre o nome “terrivelmente evangélico” para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que será aberta em meados de julho, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.

Bolsonaro anunciou hoje o advogado-geral da União, André Mendonça, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto.

A informação foi dada pelos colunistas da Folha, Mônica Bergamo, e do Globo, Lauro Jardim, e foi confirmada por fontes do Blog do Esmael.

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No ano passado, Bolsonaro ameaçou que iria nomear alguém “terrivelmente evangélico” para o STF. Ele cumpriu a promessa, portanto.

Outras personagens sonharam ser o indicado para o Supremo na vaga do decano. Elas chegaram até a se converter ao Evangelho, mas não deu certo. O nome do coração de Bolsonaro sempre foi o de André Mendonça.

Mendonça é bacharel em teologia, pastor e frequentador da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília. Integrantes da bancada evangélica no Congresso davam como certa a indicação.

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Quem é André Mendonça, o terrivelmente evangélico indicado para o STF

Advogado, pastor e ex-ministro da Justiça por um período no governo Bolsonaro, Mendonça já era aventado como um nome possível para o posto devido a alegações anteriores, por parte do presidente, de que o novo ocupante da Suprema Corte seria um jurista “terrivelmente evangélico”.

Natural de Santos, no litoral paulista, o advogado de 48 anos é formado pela Faculdade de Direito de Bauru, no interior de São Paulo. Tem também o título de doutor em Estado de Direito e Governança Global e mestre em Estratégias Anticorrupção e Políticas de Integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha.

Mendonça atua na Advocacia-Geral da União (AGU) desde 2000. Na instituição, exerceu os cargos de corregedor-geral e de diretor de Patrimônio e Probidade, dentre outros. Em 2019, ele assumiu o comando da AGU com a chegada de Bolsonaro à presidência, mas não ocupou apenas este cargo desde então.

Após a saída do ex-ministro Sergio Moro, Mendonça assumiu a pasta da Justiça e Segurança Pública em abril de 2020. No entanto, voltou para a AGU em abril de 2021 após a mais recente reforma ministerial do governo Bolsonaro, ocasionada após crise com o alto-escalão das Forças Armadas.

Nos últimos dias, com a proximidade da aposentadoria compulsória de Marco Aurélio Mello pelo seu aniversário de 75 anos, Mendonça limitou-se a comentar que qualquer indicado à vaga “certamente será um grande ministro”.