Bolsonaro disse que gosta de ‘pacu’, ataca imprensa e a Receita Federal; assista

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou nesta quinta (5) sua tradicional live com o seu xodó Jorge Seif Junior, o secretário nacional de Aquicultura e Pesca, que costuma dar abraços “heteros” no capitão durante as transmissões.

Bolsonaro contou que esteve hoje na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e que ficou surpreso “como a Receita atrapalha o desenvolvimento do Brasil”.

O presidente afirmou que não fala com a imprensa há duas semanas porque “quando você fala, ela deturpa; quando você não fala, ela inventa”.

Jair Bolsonaro tentou explicar seu pibinho de 1,1%, menor até que o de Michel Temer (MDB). Ele voltou a confessar que não entende de economia e que a área é do ministro Paulo Guedes.

O presidente atacou a imprensa que chamou o motim da PM no Ceará o motim ocorrido por 13 dias no estado do Nordeste. “É greve”, contestou. “Esperamos que o parlamento vote o excludente de ilicitude” (licença para matar para as forças militares).

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Além de contar que gosta de comer “pacu”, o presidente disse que viajará sábado (7) para Miami, nos Estados Unidos, onde falará sobre garimpos, construção de usinas hidrelétricas, reservas indígenas e floresta amazônica. “Eu comia pacu quando servia no Mato Grosso do Sul, é mais magrinho, mais saborosa”, disse. “E traíra, você gosta?”, perguntou ao secretário da Pesca. “E traíra de duas pernas?”, insistiu.

O presidente ainda atacou os “xiitas ambientais”, que são contrários a exploração de reservas para impulsionar o turismo.

Bolsonaro aproveitou a transmissão de hoje à noite para se justificar sobre a distribuição de bananas a jornalistas pelo humorista Carioca, que saiu do Palácio do Alvorada fantasiado do presidente. “A imprensa não gostou, ficou irritada. Eu não estou falando com a imprensa. Estão perguntando muita besteira.”

O presidente voltou a pedir para que empresários não anunciem no “lixo” da Folha de S. Paulo. “Não vamos gastar com imprensa como no passado”, anunciou, ao afirmar que isso seria um dos motivos dos ataques dos veículos de comunicação.

“Nós estamos perdemos direito de contar piada no Brasil, o politicamente correto. Tá chato de viver no Brasil desse jeito”, concluiu Bolsonaro.