O Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Estaduais (FES) convocou para esta terça-feira (3), em Curitiba, uma megamanifestação contra o governador Ratinho Junior (PSD).
O FES reúne 21 entidades sindicais cujo propósito é negociar com o governo e reivindicar, em conjunto, os direitos dos servidores. A entidade formada em 1989 representa mais de 200 mil servidores públicos do Paraná.
Por que várias categorias do funcionalismo público –principalmente professores e funcionários de escolas e universidades– deflagraram greve contra Ratinho?
O movimento paredista denuncia que a Reforma da Previdência mostra os objetivos dessa gestão, que está centrada em destruir a aposentadoria e a carreira do funcionalismo público.
Segundo os sindicatos, o discurso “falacioso” do governo é de equilibrar as finanças, mas, em contrapartida, é um estado que vem diminuindo cada vez mais os direitos dos trabalhadores, com uma arrecadação cada vez mais expressiva.
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A manifestação desta terça promete ser grande. Professores da educação básica e do ensino superior devem mobilizar a maior massa, dentre as demais categorias paralisadas.
A concentração será a partir das 9h na Praça 19 de Dezembro, no centro da capital. Em seguida, os servidores seguem em caminhada até a frente do Palácio Iguaçu e acompanham a sessão da ALEP no período da tarde. Às 16h uma assembleia da categoria está prevista para avaliar o movimento.
O que denunciam os grevistas?
- Com o aumento da alíquota de 11% para 14%, o funcionalismo perde 3% de salário.
- Assim serão 3% de defasagem contra 2% do reajuste.
- No final, as categorias perdem 1% de poder de compra.
- Isso inclui os já aposentados, que pagarão 14% sobre o que passar de dois salários mínimos.
- A proposta de Ratinho também estabelece contribuição de 14% sobre valores de aposentadoria que forem maiores que dois salários mínimos nacional.
- Hoje a contribuição é de 11% sobre o que excede o teto do INSS. Mais um ataque absurdo sobre quem já recebe os menores salários do Estado.
A manifestação na capital paranaense será coordenada pelo FES, mas a força motriz do movimento será da APP-Sindicato (educação básica) e uma dezena de organizações representativas do ensino superior estadual. A saber:
- Associação dos Docentes da UEM (Aduem);
- Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar);
- Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem);
- Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro);
- Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Paraná (Sindunespar);
- Sindicato dos Docentes da Unioeste (Adunioeste);
- Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel);
- Sindicato dos Técnicos-administrativos da UEL (Assuel); e
- Sindicato dos Técnicos e Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sintespo).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.